Questões de Fibra Alimentar (Nutrição)

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Geleia é o produto obtido pela cocção de frutas inteiras ou em pedaços, polpa ou suco de frutas, sendo concentrado até a consistência gelatinosa.
A pectina constitui o elemento fundamental necessário para formação de gel e deve ser adicionada quando a fruta não é suficientemente rica nesse componente.

Com relação ao uso de pectina no processamento de geleias, considere as afirmativas a seguir. I  →  Pectinas com alto teor de metoxilação (ATM) formam gel na presença de açúcares (60 a 80% de sólidos solúveis) em meio ácido (pH entre 2,8 e 3,5).
II  →  Pectinas com baixo teor de metoxilação (BTM) formam gel em baixos teores de sólidos solúveis (10-70%) e pH entre 2,8 a 6,0, em presença de íons divalentes, sendo o cálcio o mais frequentemente utilizado.
III  →  Pectinas com alto teor de metoxilação são utilizadas em geleias comuns, e pectinas com baixo teor de metoxilação são utilizadas em produtos light. IV  →  Para pectinas com baixo teor de metoxilação, quanto mais baixo o grau de metoxilação, maior quantidade de sacarose é requerida para a formação do gel.
Está(ão) correta(s)

  • A apenas IV.
  • B apenas I e IV.
  • C apenas II e III.
  • D apenas I, II e III.
  • E apenas II, III e IV.

Uma paciente do sexo feminino, 55 anos de idade, comparece a uma Unidade de Saúde da Família para acompanhamento nutricional. Os exames bioquímicos realizados em jejum revelaram:
• Colesterol total: 220 mg/dL • HDL-colesterol: 60 mg/dL • LDL-colesterol: 101 mg/dL • Triglicerídeos: 180 mg/dL
Glicemia de jejum: 95 mg/dL • Hemoglobina glicada: 6,8%
Além dos achados laboratoriais, o paciente relata poliúria, polidipsia e episódios de dormência em membros inferiores. O exame físico revela IMC de 28,5 kg/m².
Com base na avaliação nutricional e nas diretrizes atuais para o manejo dietético, assinale a alternativa CORRETA sobre a conduta nutricional a ser aplicada para esse paciente:

  • A Um paciente apresenta níveis elevados de colesterol total, triglicerídeos e hemoglobina glicada, diminuindo um risco aumentado para doenças cardiovasculares e progressão para diabetes tipo 2. A conduta nutricional deve priorizar a exclusão de carboidratos orgânicos e a substituição completa por fontes de proteínas de origem animal, garantindo melhor controle glicêmico e lipídico.
  • B O perfil metabólico do paciente sugere um quadro de resistência à insulina, sendo essencial o controle glicêmico e lipídico. Para auxiliar nesse controle, recomendamos a inclusão de ômega-6 na forma de suplementação ou óleos vegetais, pois essa gordura reduz os níveis de colesterol e triglicerídeos e melhora a sensibilidade à insulina
  • C A abordagem nutricional deve incluir um plano alimentar equilibrado, com ingestão controlada de carboidratos complexos e fibras solúveis, priorizando alimentos com baixo índice glicêmico. Além disso, o consumo de fitoesteróis pode ser benéfico para auxiliar na redução do colesterol total e LDL-colesterol, enquanto a inclusão de ômega-3 pode ajudar a modular o perfil lipídico e reduzir a inflamação associada à resistência à insulina.
  • D O uso de suplementação de ferro é indicado para esse paciente, pois indivíduos com resistência à insulina frequentemente apresentam deficiência de ferro, o que pode comprometer a função celular e aumentar a progressão para diabetes tipo 2. Além disso, o ferro atua na produção de glóbulos vermelhos, prevenindo quadros de anemia silenciosa em pacientes com dislipidemia.
  • E A melhor estratégia para o paciente é a redução da ingestão calórica e o aumento da ingestão proteica, especialmente com a substituição dos carboidratos por proteínas de alto valor biológico e a inclusão de gorduras saturadas na dieta, pois favorece isso o metabolismo energético e melhora a resposta glicêmica sem necessidade de restrições adicionais.

A bile, ao participar do metabolismo dos lipídios, é reabsorvida no final do intestino delgado. Entretanto, o consumo de um determinado nutriente estimula a eliminação da bile nas fezes, o que obriga o organismo a produzir mais bile e, consequentemente, utilizar colesterol para essa produção, reduzindo os níveis de LDLcolesterol.
Assinale a opção que indica o nutriente em questão.

  • A Carboidratos.
  • B Água.
  • C Ômega-3.
  • D Proteínas.
  • E Fibras.

Fernando, um homem de 58 anos, procurou atendimento queixando-se de sede excessiva, aumento da frequência urinária e cansaço persistente nos últimos dois meses. Ele relatou que, nesses dois meses, notou uma sede constante e um aumento significativo da quantidade de urina, especialmente à noite, além de sentir-se cansado, mesmo após períodos adequados de descanso. Também mencionou dificuldades para manter o peso corporal e um aumento no apetite, principalmente por alimentos doces. João tem histórico de hipertensão arterial controlada com medicação e sua família possui histórico de diabetes tipo 2, com sua mãe e irmão afetados pela condição. Durante o exame físico, João apresentou um peso de 88 kg e altura de 1,70 m, pressão arterial elevada em 150/90 mmHg. Apresentou exames laboratoriais como glicemia de jejum de 185 mg/dL e hemoglobina glicada (HbA1c) de 8,5%.
Sobre o caso clínico, os sintomas relatados, exames e possíveis condutas dietoterápicas, assinale a alternativa CORRETA:

  • A O provável diagnóstico de Fernando é diabetes mellitus tipo 1, visto que ele apresenta sede excessiva, aumento da frequência urinária e cansaço persistente. Além disso, a hemoglobina glicada de 8,5% é indicativa de diabetes tipo 1. O tratamento dietoterápico recomendado deve focar na ingestão de alimentos ricos em carboidratos complexos e no aumento do consumo de proteínas.
  • B O provável diagnóstico de Fernando é diabetes mellitus tipo 2, considerando os sintomas relatados, o histórico familiar e os exames laboratoriais com glicemia de jejum de 185 mg/dL e hemoglobina glicada de 8,5%. O tratamento dietoterápico deve ser baseado na redução do consumo de carboidratos simples, com ênfase em alimentos com baixo índice glicêmico, e na promoção de uma alimentação balanceada, rica em fibras.
  • C Fernando provavelmente apresenta diabetes mellitus tipo 1, já que a glicemia de jejum de 185 mg/dL é muito alta, sugerindo que a insulina não está sendo produzida de forma adequada. A conduta dietoterápica deve incluir a recomendação de uma dieta rica em gorduras e com restrição de carboidratos para melhorar o controle glicêmico.
  • D Os sintomas de Fernando indicam diabetes tipo 2, mas o exame de hemoglobina glicada (HbA1c) de 8,5% está dentro dos parâmetros normais, o que sugere um bom controle da doença. A conduta dietoterápica deve priorizar a ingestão de alimentos ricos em carboidratos simples, como pães e massas, e a redução de alimentos ricos em fibras.
  • E O provável diagnóstico de Fernando é diabetes mellitus tipo 2, com base nos sintomas, histórico familiar e exames laboratoriais. O tratamento dietoterápico deve focar na ingestão de alimentos ricos em gorduras saturadas e na redução da ingestão de proteínas, a fim de reduzir os níveis de glicose no sangue e melhorar o controle glicêmico.