Segundo Hoffmann (2010), muitas escolas vêm adotando a elaboração de pareceres descritivos em termos de registros de avaliação. Muitos professores passaram a fazer relatos por escrito sobre o desempenho dos alunos, principalmente na Educação Infantil e nos anos iniciais. Mas, segundo a autora, a escrita de pareceres descritivos não vem sendo uma tarefa fácil para os professores porque
- A muitos deles não sabem escrever corretamente; têm dificuldade com gramática, ortografia, pontuação e coerência do texto em virtude da má formação inicial dos docentes. E o professor, que ensina, não pode cometer erros.
- B os pareceres descritivos devem conter, exclusivamente, aspectos atitudinais e comportamentais dos educandos, e, em virtude do grande número de alunos por sala, os professores não conseguem observar as crianças mais calmas, quietas ou as que não apresentam dificuldade de aprendizado nem fazer registro sobre elas.
- C a maioria dos pais de alunos não consegue ler ou escrever corretamente ou não compreende a linguagem que os professores utilizam nos relatórios ou pareceres, e não cabe aos professores se adequarem aos leitores (pais), mas sim o contrário.
- D ainda que os professores tenham escrito, nos pareceres, sobre os problemas ou o mau comportamento que os alunos apresentam, os pais não intervêm nesse tipo de conduta da criança ou não ajudam os seus filhos com as tarefas da escola.
- E desafia os docentes a prestarem atenção em todos os alunos e a refletirem profundamente sobre a ação educativa. Na elaboração e no relato dos pareceres, revelam-se posturas pedagógicas, saberes didáticos e referenciais teóricos que embasam a ação pedagógica.