Questões de Educação Infantil (Pedagogia)

Limpar Busca

Na creche-escola, a monitora Carolina propõe uma atividade com elementos naturais do pátio para crianças de 4 anos. Durante a experiência, um grupo cria "lama mágica" e outro deseja construir uma "casinha de pedras". Atenta à indissociabilidade entre cuidar e educar, ela busca intervir de forma estratégica para garantir os direitos de aprendizagem, promovendo autoria e autonomia.

Com base na BNCC e nas DCNEI, qual ação pedagógica mais complexa e eficaz Carolina deve adotar para valorizar as diferentes propostas das crianças?

  • A Observar passivamente a evolução das brincadeiras, intervindo apenas se houver conflito explícito ou risco físico, pois acredita que a livre exploração e a auto-organização do grupo infantil são os principais catalisadores do desenvolvimento integral.
  • B Propor que um grupo continue com a "lama mágica" e o outro com as "pedras", estabelecendo limites claros de tempo e espaço para cada atividade, a fim de garantir a autonomia das escolhas individuais e evitar conflitos desnecessários entre os grupos.
  • C Promover a integração das propostas das crianças, mediando um diálogo entre os grupos para negociarem e explorarem como a "lama mágica" e as "pedras" podem ser articuladas em um projeto comum, documentando o processo e os dilemas como parte da aprendizagem sobre colaboração e respeito à diversidade de ideias.
  • D Direcionar as crianças para uma única atividade, como a criação da "lama mágica", por considerar que a exploração tátil é mais adequada para a faixa etária e oferece menor risco de dispersão do grupo, otimizando o desenvolvimento sensorial e a coesão grupal.

Durante uma atividade em roda, uma criança de três anos retira um brinquedo da mão de outra e a empurra. A educadora se aproxima, orienta ambas com firmeza, mas sem autoritarismo, e propõe uma nova forma de interação. Com base nos marcos do desenvolvimento infantil, é correto afirmar que:

  • A A capacidade de compartilhar e cooperar já deve estar consolidada por volta dos dois anos de idade, sendo anormal qualquer conduta contrária.
  • B A mediação da educadora é desnecessária, pois crianças devem resolver seus conflitos sozinhas para desenvolver autonomia social.
  • C A criança de três anos ainda está desenvolvendo noções de empatia, sendo comum que apresente comportamentos impulsivos e dificuldades em compartilhar, o que demanda mediações educativas constantes.
  • D A criança de três anos já é plenamente capaz de compreender a regra do "não bater" e, portanto, sua conduta deve ser tratada como desobediência intencional.

As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (DCNEI) e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) estabelecem marcos conceituais fundamentais para a atuação do monitor de creche, especialmente no que tange à integração entre o cuidar e o educar.

Considerando essa integração e a concepção de criança como sujeito de direitos, assinale a afirmação que melhor sintetiza a natureza da ação pedagógica na Educação Infantil, sob a perspectiva dos documentos oficiais vigentes no Brasil.

  • A A ação pedagógica consiste na aplicação de metodologias que priorizam o desenvolvimento cognitivo e a prontidão para o Ensino Fundamental, com o cuidado instrumentalizado para assegurar as condições físicas para a aprendizagem formal da criança.
  • B A ação pedagógica se configura como a garantia indissociável de práticas de cuidado e de processos educativos que, articulados por meio das interações e da brincadeira, asseguram a efetivação dos Direitos de Aprendizagem e Desenvolvimento em sua totalidade, respeitando a singularidade e a autoria infantil.
  • C A ação pedagógica visa à socialização e à adaptação da criança às normas institucionais, com o cuidado sendo um suporte para a disciplina, e a aprendizagem concebida como a assimilação de conteúdos pré-determinados pelo educador.
  • D A ação pedagógica se restringe à mediação de atividades lúdicas e recreativas, enquanto o cuidado é entendido como uma responsabilidade primária da família, com o papel da creche focado em prover um ambiente seguro e higiênico.

Durante o momento do parque, um monitor percebe que uma criança demonstra medo de escorregar, observando os colegas com atenção, mas recusando-se a participar. O monitor aproxima-se, propõe sentar junto à criança, nomeia as ações dos colegas e convida a criança para brincar em outro brinquedo menos alto. A partir dessa conduta, é possível afirmar que o monitor:

  • A Assumiu o papel de entretenedor, deslocando-se da função educativa para uma postura lúdica desprovida de intencionalidade pedagógica, mas necessária para aquele momento considerando que o momento era o brincar livre, integrante da intencionalidade pedagógica.
  • B Agiu com hesitação ao não intervir de modo firme, deixando de promover a inclusão da criança nas atividades em grupo e ainda não considerar os planejamentos estabelecidos pelo professor regente que era o brincar dirigido no escorregador.
  • C Respeitou o tempo individual da criança, compreendendo que o brincar também é espaço de construção da confiança e da afetividade, apoiando o desenvolvimento emocional de forma integrada à proposta educativa.
  • D Deveria estimular a criança a vencer o medo imediatamente, insistindo para que ela use o escorregador como forma de socialização e superação de barreiras, seguindo adequadamente as orientações descritas nos documentos orientadores da Educação Infantil.

No momento de descanso após o almoço, uma criança de quatro anos apresenta resistência ao repouso. O monitor nota que a criança está inquieta, expressa desejo de continuar brincando e demonstra incômodo com o ambiente escurecido. Diante desse contexto, a atitude mais coerente do profissional, à luz dos princípios de cuidado integral, é:

  • A Reforçar a rotina com firmeza, utilizando estratégias como o silêncio absoluto e o escurecimento total do ambiente, garantindo que todas as crianças durmam ao mesmo tempo, mesmo que haja resistência.
  • B Redirecionar a criança para outra atividade pedagógica silenciosa, evitando interferência na rotina coletiva, ainda que essa prática interrompa o momento de repouso.
  • C Aplicar regras padronizadas de horário e conduta durante o repouso, com ênfase na obediência ao planejamento, visto que a adaptação individual pode comprometer a disciplina do grupo.
  • D Reconhecer que o sono, embora necessário, deve ser conduzido com flexibilidade e sensibilidade, respeitando os sinais individuais da criança e promovendo um ambiente acolhedor que favoreça o relaxamento sem imposições.