Questões de Temas Educacionais Pedagógicos (Pedagogia)

Limpar Busca

Na creche-escola, a monitora Carolina propõe uma atividade com elementos naturais do pátio para crianças de 4 anos. Durante a experiência, um grupo cria "lama mágica" e outro deseja construir uma "casinha de pedras". Atenta à indissociabilidade entre cuidar e educar, ela busca intervir de forma estratégica para garantir os direitos de aprendizagem, promovendo autoria e autonomia.

Com base na BNCC e nas DCNEI, qual ação pedagógica mais complexa e eficaz Carolina deve adotar para valorizar as diferentes propostas das crianças?

  • A Observar passivamente a evolução das brincadeiras, intervindo apenas se houver conflito explícito ou risco físico, pois acredita que a livre exploração e a auto-organização do grupo infantil são os principais catalisadores do desenvolvimento integral.
  • B Propor que um grupo continue com a "lama mágica" e o outro com as "pedras", estabelecendo limites claros de tempo e espaço para cada atividade, a fim de garantir a autonomia das escolhas individuais e evitar conflitos desnecessários entre os grupos.
  • C Promover a integração das propostas das crianças, mediando um diálogo entre os grupos para negociarem e explorarem como a "lama mágica" e as "pedras" podem ser articuladas em um projeto comum, documentando o processo e os dilemas como parte da aprendizagem sobre colaboração e respeito à diversidade de ideias.
  • D Direcionar as crianças para uma única atividade, como a criação da "lama mágica", por considerar que a exploração tátil é mais adequada para a faixa etária e oferece menor risco de dispersão do grupo, otimizando o desenvolvimento sensorial e a coesão grupal.

Durante uma reunião pedagógica, a coordenação propõe que os monitores participem mais ativamente das rodas de leitura, organizando o espaço, interagindo com as crianças durante a contação e auxiliando na retomada das ideias após a leitura. Um grupo de monitores, no entanto, demonstra insegurança, afirmando que sua função não é "pedagógica". A análise mais adequada dessa situação, com base em uma concepção crítica da função do monitor, é:

  • A A separação objetiva entre as funções docentes e as de monitor garante a ordem pedagógica e assegura uma estrutura didática mais organizada, evitando que os monitores desenvolvam ações que ultrapassem os limites de sua função no cotidiano escolar e de suas atribuições legais e profissionais.
  • B A resistência dos monitores revela a persistência de uma concepção fragmentada entre cuidar e educar, sendo fundamental o reconhecimento de que sua atuação integra o projeto pedagógico como mediadora de experiências educativas e afetivas, especialmente nos momentos de linguagem e escuta.
  • C A proposta da coordenação, embora represente uma prática inovadora ao ampliar a participação do monitor em atividades pedagógicas, dependeria de uma reformulação normativa que assegurasse respaldo legal e clareza quanto à sua intencionalidade educativa, valorizando sua atuação como agente mediador no processo de aprendizagem.
  • D A recusa dos monitores é legítima, uma vez que a função pedagógica é exclusivo do professor regente, o que faz com que a participação em atividades como rodas de leitura, sem respaldo normativo claro, representa desvio funcional, revelando a necessidade de revisão e ampliação do entendimento sobre o papel educativo desses profissionais.

Na creche inclusiva onde atua, a monitora Laura percebe que algumas crianças evitam interagir com João, colega com deficiência intelectual, demonstrando resistência sutil e, às vezes, exclusão. Atenta aos princípios da inclusão e da ética da alteridade, Laura busca uma ação pedagógica que promova integração real e empatia, valorizando a singularidade de cada criança.

Diante desse contexto, assinale a estratégia mais transformadora e correta que a monitora pode adotar para fortalecer a aceitação, a colaboração e o respeito à diversidade no grupo.

  • A Propor que as crianças se revezem como "ajudantes de João" para desenvolverem paciência e empatia, além de cumprirem os objetivos da educação inclusiva prevista no projeto político pedagógico da escola.
  • B Realizar intervenções individuais com as crianças resistentes, explicando a importância de serem gentis com João considerando as necessidades especiais que ele possui, garantindo que todos tenham acesso à educação inclusiva.
  • C Conceber atividades lúdicas e projetos cooperativos que exijam a colaboração de todos (inclusive João, com papéis adaptados), e promover rodas de conversa para expressar sentimentos, reconhecer singularidades e desmistificar preconceitos.
  • D Convidar profissional especializado para dialogar com as crianças e com os pais sobre a deficiência de João e a importância da tolerância e focar em atividades paralelas para João com apoio auxiliar, priorizando seu bem-estar imediato em detrimento da integração com o grupo principal.

Durante a observação pedagógica em uma turma de crianças de quatro anos, a educadora registra comportamentos distintos: algumas crianças preferem atividades simbólicas, como "faz de conta", outras optam por brincadeiras com regras simples, enquanto um pequeno grupo se mostra hesitante, observando os colegas antes de se envolver. Diante dessa diversidade, a equipe pedagógica decide reestruturar os tempos e espaços do brincar para garantir maior autonomia, variedade de materiais e liberdade de escolha. Considerando os fundamentos teóricos do desenvolvimento infantil e os documentos pedagógicos oficiais, é mais adequado interpretar essa decisão como:

  • A Uma estratégia de compensação afetiva diante da baixa eficácia das práticas anteriores, centradas na instrução e na mediação direta, que falharam em promover interações espontâneas e avanços no desempenho motor e verbal das crianças.
  • B Uma tentativa de nivelar as experiências de brincar, com vistas à superação das desigualdades cognitivas entre os subgrupos infantis, garantindo que todos percorram a mesma trajetória lúdico-afetiva de forma padronizada.
  • C Um processo de intervenção preventiva que prioriza a antecipação de comportamentos disruptivos, ao permitir que o brincar seja mediado por regras sociais e pedagógicas rígidas, assegurando o controle do ambiente e a previsibilidade das respostas infantis.
  • D Uma ação que reconhece a interdependência entre vínculo afetivo e exploração autônoma no brincar, e que promove condições para que a criança manifeste sua singularidade e avance em sua organização simbólica, social e emocional por meio de múltiplas possibilidades de interação.

No dia a dia da creche, a monitora Patrícia se depara com uma situação delicada: durante a troca de fraldas, observa marcas de possível negligência ou maus-tratos em uma das crianças. A família dessa criança é conhecida por ter histórico de problemas sociais, e Patrícia se sente angustiada, dividida entre o dever de sigilo profissional e a proteção do bem-estar da criança, que é sua prioridade máxima. Ela sabe que, por vezes, a revelação de informações sigilosas é necessária para salvaguardar a integridade de um indivíduo, mas teme as consequências de uma denúncia precipitada.

Considerando os limites do sigilo profissional e a ética do cuidado no ambiente educacional, a ação ética e responsável que Patrícia deve empreender diante dessa suspeita é:

  • A Registrar detalhadamente as observações e comunicar imediatamente e sigilosamente à coordenação/direção da creche, que, se a suspeita for fundamentada, acionará os órgãos de proteção à criança.
  • B Conversar diretamente com os pais da criança, expressando preocupação e solicitando explicações sobre as marcas, a fim de resolver a situação de forma privada, conforme preceitos legais de proteção à criança e ao adolescente.
  • C Ignorar a situação por falta de provas concretas, priorizando a manutenção da relação de confiança com a família e a privacidade familiar, tendo atenção especial à criança, evitando qualquer denúncia.
  • D Comunicar a suspeita a um colega de confiança para obter uma segunda opinião antes de tomar qualquer medida, pois a denúncia pode ter sérias consequências para a família.