A Psicóloga Marcela Alvarez, na obra de Maia et al. (2017), escreveu o seguinte: “Como Psicóloga e trabalhando com pessoas com surdocegueira há mais de 10 anos, quando falo sobre aceitação da surdocegueira, convido as pessoas a se colocarem no lugar das pessoas com surdocegueira e refletirem um pouco, como seria se, de repente, ou até mesmo sabendo que, a perda sensorial ocorreria, como nos sentiríamos? (...) A formação da identidade psicológica por si só não é um processo simples, imaginem a construção de uma nova identidade.”
De acordo com a autora,
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A o surdocego não perde seu autoconceito, mas mantém a identidade que já possuía antes da ocorrência da surdocegueira.
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B a identificação também passa pela interpretação do outro. Logo, a reformulação da identidade será totalmente pautada no que experimenta no convívio familiar.
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C a comunicação está estritamente ligada à identidade. O sistema de comunicação que a pessoa com surdocegueira utiliza o conduz à sua identidade.
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D essa reformação é praticamente impossível já que o surdocego não se encaixa integralmente no perfil da comunidade surda, tampouco no da cega.
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E é necessário optar, de acordo com a maior perda, se a identidade será a de um surdo ou a de um cego.