Na concepção sócio-histórica de educação, o brincar é contemplado como atividade fundamental, uma vez que representa um espaço privilegiado de interação infantil e de constituição do sujeito criança como sujeito humano, produto e produtor de história e de cultura. A brincadeira é tida como um dos meios de constituição da subjetividade, porque é através dela que as crianças se apropriam da realidade, bem como a assimilam e recriam. Vygotsky (1991), no seu livro “A formação social da mente”, faz uma análise da brincadeira como atividade não apenas social, mas também de natureza e origem específicas, enquanto elementos fundamentais para a construção da personalidade infantil.
(Wajskop, 1995.)
Tendo em vista o exposto, para que a escola forneça condições que garantam o aparecimento da brincadeira, é necessário que, EXCETO:
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A O adulto seja sempre um elemento observador e organizador da brincadeira, e nunca um elemento integrante das brincadeiras nem mesmo um personagem que explicita, questiona e enriquece o desenrolar da trama.
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B Haja um período em que as crianças e o adulto responsável pelo grupo possam conversar sobre as brincadeiras que vivenciaram, as questões que surgiram, o material que utilizaram, os personagens que assumiram, os colegas com os quais interagiram.
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C Existam materiais variados, organizados de maneira clara e acessível de acordo com a idade das crianças, de tal forma que possam deflagrar e facilitar o aparecimento das brincadeiras entre as mesmas, tendo em vista o uso coordenado pelo adulto responsável pelo grupo.
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D A brincadeira seja incorporada no currículo como um todo, e as questões envolvidas no seu desenrolar possam fazer parte de pesquisas desenvolvidas em atividades dirigidas pelas crianças; ampliadas através de passeios, observação da natureza, projeção de vídeos, atividades envolvendo escuta de música, leitura.