Questões de Serviço Social no campo sócio jurídico (Serviço Social)

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A Lei Maria da Penha criou mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Violência contra a Mulher, da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher e de outros tratados internacionais ratificados pela República Federativa do Brasil. Com base nas Medidas Protetivas de Urgência previstas na lei, assinale a alternativa correta.

  • A As medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas de imediato, após a realização de audiência das partes e de manifestação do Ministério Público, devendo este ser prontamente comunicado.
  • B É de responsabilidade da ofendida a entrega de intimação ou notificação ao agressor.
  • C As medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas pelo juiz, a requerimento do Ministério Público ou a pedido da ofendida.
  • D As medidas protetivas de urgência vigorarão por um período de 6 meses, podendo ser renovadas por igual período, desde que persista o risco à integridade física, psicológica, sexual, patrimonial ou moral da ofendida ou de seus dependentes.
  • E As medidas protetivas de urgência serão concedidas de acordo com a tipificação penal da violência, do ajuizamento de ação penal ou cível, exigindo a existência de inquérito policial ou do registro de boletim de ocorrência.

Uma adolescente relatou episódios de abuso sexual cometidos pelo padrasto, que mora na mesma residência. O risco de continuidade da violência é alto. A mãe se mantém omissa. O assistente social, integrante de equipe multiprofissional, avalia a ação necessária para proteger a vítima. Nesse sentido, A ação correta deve ser:

  • A Aconselhar a adolescente a ignorar a situação até atingir a maioridade, pois denúncias podem gerar conflitos familiares irreparáveis.
  • B Enfatizar a culpabilização da adolescente, considerando que as responsabilidades intrafamiliares superam a proteção infantojuvenil.
  • C Preservar o silêncio profissional em respeito à privacidade da família, dispensando qualquer ação legal ou assistência especializada.
  • D Notificar o Conselho Tutelar, solicitar medidas protetivas para afastar o padrasto, articular psicossocialmente a adolescente, e acompanhar a família em programas de prevenção.

No Sistema Judiciário, o assistente social pode atuar também na qualidade de perito ou de assistente técnico. Nomeado pelo juiz responsável pela ação judicial, o perito deve assisti-lo quando a sua avaliação requerer conhecimento técnico ou científico. Já o assistente técnico é um profissional munido de um saber especializado, indicado e remunerado por uma das partes envolvidas na ação judicial, geralmente litigiosa. Perito social e assistente técnico devem atuar em consonância com as atribuições profissionais.


Em consonância com o Código de Ética, aos assistentes sociais, perito e assistente técnico, atuando no mesmo processo judicial mas, a serviço das partes, é possibilitado questionar o conteúdo do outro laudo

  • A desde que expresse linha teórica contrária.
  • B prevalecendo o mais próximo da verdade.
  • C mesmo que penalizando ambas as partes.
  • D sem apontar elementos conflituosos.
  • E sem necessariamente adulterar resultados.

Além da previsão legal e da histórica atuação do assistente social nas demandas afetas às Varas da Família, especialmente nos casos altamente litigiosos, a esse profissional pode ser determinada a realização de avaliações biopsicossociais. A “avaliação psicossocial” é uma nomenclatura que foi apreendida pela Psicologia Social, particularmente na identificação de causas ou sintomas de ordem psíquica ou psicossomática, não remetendo ao trabalho interdisciplinar entre o Serviço Social e aquela área. Por sua vez, a perícia em Serviço Social não se equipara à terapia individual ou familiar. O entendimento do CFESS é de que a elaboração de perícia e laudo biopsicossocial não deve ser entendida como função, mas como demanda para a área de atuação em que, no seu interior, o assistente social é convocado a emitir opinião técnica

  • A priorizando a melhor linha argumentativa.
  • B em matéria de Serviço Social.
  • C garantindo a hegemonia de sua análise.
  • D coerente com as prerrogativas institucionais.
  • E de teor terapêutico-emocional.

A intervenção profissional dos assistentes sociais no Poder Judiciário, historicamente tem se dado em maior escala na Justiça Estadual. Em relação à essa atuação, um mapeamento realizado pelo Conjunto CFESS-CRESS aponta para as atribuições periciais e de assessoramento técnico aos magistrados, como atribuições de destaque do profissional. Trata-se da recorrência ao conhecimento da área do Serviço Social, cujo conteúdo é apresentado em instrumental próprio e que contribui para formar o processo, para subsidiar a ação sobre a qual o magistrado decide, denominada

  • A averiguação in loco.
  • B avaliação factual.
  • C instrução social.
  • D qualificação sociofamiliar.
  • E apreciação probatória.