Prova do Tribunal de Justiça do Estado do Mato Grosso do Sul (TJ-MS) - Analista - Tecnologia da Informação - PUC-PR (2017) - Questões Comentadas

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Leia o texto a seguir.


O terrorismo sempre fascinou Albert Camus, que, além de uma obra de teatro sobre o tema, dedicou bom número de páginas de seu ensaio sobre o absurdo, O Mito de Sísifo, a refletir sobre esse insensato costume dos seres humanos de achar que assassinando os adversários políticos ou religiosos se resolvem os problemas. A verdade é que salvo casos excepcionais, em que o extermínio de um sátrapa atenuou ou pôs fim a um regime despótico – os dedos de uma das mãos dão e sobram para contá-los – esses crimes costumam piorar as coisas que querem melhorar, multiplicando as repressões, perseguições e abusos. Mas é verdade que, em alguns raríssimos casos, como o dos narodniki russos citados por Camus, que pagavam com sua vida a morte dos que eles matavam pela “causa”, havia, em alguns dos terroristas que se sacrificavam atentando contra um verdugo ou um explorador, certa grandeza moral.

Disponível em: < https://brasil.elpais.com/brasil/2017/08/19/opinion/1503153835_678637.html>. Acesso em: 19/08/17. (Excerto).


O vocábulo que pode assumir diferentes funções, de acordo com o contexto de ocorrência. Assinale a alternativa que apresenta a análise adequada da ocorrência destacada do texto.

  • A No excerto “em alguns dos terroristas que se sacrificavam”, trata-se de uma partícula expletiva.
  • B Em “dos que eles matavam pela ‘causa’”, o vocábulo assume a função de um pronome relativo.
  • C Em “piorar as coisas que querem melhorar”, o vocábulo antecipa “repressões, perseguições e abusos”.
  • D No trecho “A verdade é que salvo casos excepcionais”, trata-se de pronome relativo reiterando “verdade”.
  • E A ocorrência “que pagavam com sua vida” revela-se como conjunção integrante retomando “casos”.

No dia 26 de agosto de 1789, os deputados franceses lançaram um dos grandes documentos da modernidade: a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Era um vigoroso manifesto iluminista contra o Antigo Regime. Foi uma resposta ao crescimento dos movimentos sociais no verão de 1789, nas tensas semanas entre a queda da Bastilha, a onda de saques do Grande Medo e o fim dos direitos feudais (4 de agosto). Na semana que vem, o documento completa 228 anos.

Os artigos da Declaração demolem o prédio secular do Absolutismo de Direito divino e da desigualdade social pelo nascimento. Era um novo mundo, pelo menos no papel. Deputados homens, na maioria de origem burguesa, refizeram o mundo pela sua perspectiva. Quando uma voz dissidente e feminina, Olympe de Gouges, lançou a Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã, foi parar na guilhotina. Sejamos justos: a guilhotina não era machista. A lâmina ignorou gênero: matou Danton, Robespierre, Luís XVI, Maria Antonieta, freiras carmelitas e Lavoisier.

Disponível em: <http://cultura.estadao.com.br/noticias/geral,o-direito-de-papel,70001942876>. Acesso em: 19/08/17. (Excerto).


A leitura do texto permite concluir CORRETAMENTE que

  • A as mudanças de leis universais ultrapassam rapidamente as fronteiras do papel e transformam a sociedade.
  • B movimentos sociais surgem com pautas reivindicatórias após mudanças significativas em leis universais.
  • C a exemplo do que ocorreu há mais de duzentos anos, mudar as leis representa retrocesso social.
  • D quando há reorganização de leis, as vozes dissonantes são bem-vindas para contemplar a diversidade social.
  • E mesmo quando as leis são alteradas significativamente, isso é feito com base na interpretação da elite social.

Em qual dos trechos a seguir, retirados do texto, há uma INADEQUAÇÃO de regência verbal, tomadas as normas da gramática tradicional como padrão de correção?

  • A [...] Édipo acabou tornando-se rei de Tebas [...].
  • B [...] que se inicia na infância e termina na decadência da velhice [...].
  • C [...] por serem incapazes de responder a uma pergunta tão elementar.
  • D [...] cujas águas seriam capazes de rejuvenescer aqueles que as bebessem.
  • E Talvez eles não lembrassem mais da infância [...].

Nos termos do Estatuto dos Servidores Públicos do Poder Judiciário do Estado de Mato Grosso do Sul, NÃO é causa de vacância do cargo público

  • A demissão.
  • B afastamento para tratamento de doença grave, comprovada por laudo médico.
  • C readaptação.
  • D exoneração a pedido ou de ofício.
  • E aposentadoria.

A palavra “despossuídos” recebe acento gráfico pelo mesmo motivo que

  • A décadas.
  • B fúteis.
  • C literária.
  • D nós.
  • E aí.