As disciplinas que sustentavam o currículo do ensino fundamental, nas primeiras décadas do século XX, eram Língua Pátria, Geografia e História do Brasil, tripé de formação do espírito nacionalista e patriótico. A partir da Segunda Guerra Mundial, as ciências físicas, químicas e biológicas, ao lado da matemática, ganharam um status proeminente e passaram a ser consideradas, então, como a viga mestra do saber escolar por possibilitarem uma formação de cunho tecnológico, necessária à vida empresarial. A empresa gera a riqueza da nação, produz empregos, (ou desemprego), distribui dinheiro, produz os objetos do sonho consumista [...].
(Circe Bittencourt, “Capitalismo e cidadania nas atuais propostas curriculares de história”. In: Circe Maria Fernandes Bittencourt (org.) O saber histórico na sala de aula, 1998)
O excerto menciona a
- A existência de vínculos entre currículos escolares e conjunturas históricas.
- B preponderância de interesses econômicos na formação de currículos escolares.
- C aceitação acrítica das ideias dominantes pelos sistemas educacionais secundários.
- D importância da autonomia escolar nos regimes democráticos e antiditatoriais.
- E oposição do caráter universalista dos currículos às ideologias governamentais.