Resumo de Administração Pública - O novo gerencialismo público ou nova gestão pública

O novo gerencialismo público ou nova gestão pública

O Novo Gerencialismo Público (Nova Gestão Pública - NGP)

O Novo Gerencialismo Público (NGP) é um modelo de administração pública inspirado na gestão privada, surgido nos anos 1980/1990, com foco em eficiência, resultados e descentralização. É associado a reformas administrativas em países como EUA (Reinventing Government) e Reino Unido (Thatcher).

Principais Características

  • Foco em resultados: substitui a ênfase em processos pelo cumprimento de metas mensuráveis.
  • Descentralização: autonomia gerencial para órgãos públicos.
  • Competição controlada: introdução de mecanismos de mercado (terceirização, contratos de gestão).
  • Orientado ao cidadão-cliente: serviços públicos tratados como "clientes".
  • Controle por desempenho: avaliação baseada em indicadores de eficiência.

Diferenças em Relação ao Modelo Burocrático Tradicional

  • NGP prioriza eficiência, enquanto o modelo burocrático enfatiza formalismo e hierarquia.
  • NGP usa flexibilidade gerencial, contra rigidez de normas da burocracia.
  • NGP adota avaliação por resultados, diferentemente do controle processual tradicional.

Críticas ao Modelo

  • Riscos de desvirtuamento do interesse público ao priorizar eficiência.
  • Dificuldade em medir resultados em áreas subjetivas (ex: educação, saúde).
  • Possível fragmentação do Estado devido à descentralização excessiva.

NGP no Brasil

Influenciou reformas como a Emenda Constitucional nº 19/1998 (Reforma Administrativa) e a criação de agências reguladoras e organizações sociais. Contudo, enfrenta resistências culturais e legais devido ao histórico burocrático.

Termos-chave para Concursos

  • Accountability: prestação de contas e transparência.
  • Eficiência X Eficácia: fazer bem feito (NGP) vs. fazer o certo (tradicional).
  • Contratos de gestão: instrumentos típicos da NGP.

Observação para Concursos

A NGP é frequentemente cobrada em comparação com outros modelos (burocrático, pós-burocrático) e em casos práticos de reformas. Fique atento a autores como Osborne e Gaebler ("Reinventing Government").