Resumo de Administração Pública - Intermediação de interesses (clientelismo, corporativismo e neocorporativismo)

Intermediação de interesses (clientelismo, corporativismo e neocorporativismo)

Intermediação de Interesses na Administração Pública

A intermediação de interesses refere-se aos mecanismos pelos quais grupos da sociedade articulam suas demandas perante o Estado. Destacam-se três modelos principais:

1. Clientelismo

Definição: Relação de troca de favores entre agentes públicos e grupos privados, baseada em benefícios pessoais ou políticos.

Características:

  • Troca de vantagens por apoio político (ex: empregos, obras em troca de votos)
  • Relações informais e personalizadas
  • Falta de transparência e isonomia

2. Corporativismo

Definição: Sistema de representação de interesses organizado pelo Estado, com reconhecimento oficial de grupos (como sindicatos).

Características:

  • Controle estatal sobre grupos de interesse
  • Monopólio de representação (ex: sindicato único por categoria)
  • Associado a regimes autoritários (ex: Estado Novo no Brasil)

3. Neocorporativismo

Definição: Modelo de negociação tripartite (Estado, empresários e trabalhadores) em democracias modernas.

Características:

  • Participação institucionalizada de grupos na formulação de políticas
  • Foco em pactos sociais (ex: políticas trabalhistas)
  • Associado a democracias consolidadas (ex: países nórdicos)

Diferenciações para Concursos

  • Clientelismo: Informal, ilegítimo, foco em indivíduos
  • Corporativismo: Estado controla os grupos, comum em ditaduras
  • Neocorporativismo: Negociação democrática, grupos autônomos

ATENÇÃO: No Brasil, o corporativismo histórico convive com práticas clientelistas, enquanto o neocorporativismo é incipiente.