Prova da Câmara Legislativa do Distrito Federal - Arquiteto - FCC (2018) - Questões Comentadas

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A afirmação inicial A juventude é estranha encontra em seguida uma justificativa quando o autor argumenta que os jovens,

  • A assim como os mais velhos, dão a vida passada por vivida, recusando-se a crer que ainda haja ideais a serem perseguidos.
  • B ao contrário dos velhos, buscam passar seu próprio tempo a limpo, livrando-o da carga pesada dos erros passados.
  • C incorporando valores de outros tempos, acumulam erros e acertos do passado, como se numa transmissão sobrenatural.
  • D rejeitando as heranças culturais disponíveis, têm a ilusão de que renovam tudo, ainda quando repitam erros do passado.
  • E espelhando-se em si mesmos, acabam reabilitando e nobilitando ideais que se perderam em antigos combates.

O poeta inglês Shelley, segundo o autor do texto, poderia ser o padrão do adolescente de todas as épocas porque nele

  • A o espírito revoltoso de um marginalizado fazia dele uma personalidade arrebatada pelos mais ferozes ressentimentos.
  • B a sensibilidade à flor da pele fazia com que ele se dedicasse plenamente ao culto dos mais altos ideais.
  • C as qualidades negativas deixavam em segundo plano as positivas, o que favorecia sua expressão romântica.
  • D os impulsos amorosos, idealistas e esperançosos conviviam com duras invectivas contra o que julgasse maligno.
  • E as intenções críticas mais contundentes acabavam sucumbindo ao lirismo e à índole mística de seu temperamento.

Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento do texto em:

  • A é a velhice do mundo passada indefinidamente a limpo (1° parágrafo) = é a humanidade velha imperando oportunamente sobre a nova.
  • B Uma geração lega à outra um magma de erros e sabedoria (1° parágrafo) = na alternância de deslizes e acertos, magnetizam-se as gerações.
  • C uma irrisão dramática, um momento de culpas (2° parágrafo) = um drama irrisório, um instante de remorsos.
  • D a sinistra impressão de que as duas figuras são uma coisa só (2° parágrafo) = a incrível sensação de que ambas as imagens são uma única.
  • E atirava-se feroz contra o conformismo do clero (3° parágrafo) = empenhava-se bravamente no combate à resignação da classe clerical.

Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto:

  • A Não parece ao autor do texto, que os mais jovens omitam experiências antigas, de sorte que as carregam nos valores aonde elas se embutem.
  • B Ao buscar entender os jovens – Paulo Mendes Campos, poeta e cronista, acredita que lhes caracteriza sobretudo o peso dos antecedentes.
  • C O cronista encontrou no poeta Shelley, uma espécie de paradigma da juventude, conquanto a representa tanto nos erros como nos acertos.
  • D O autor não postula a convicção de que os jovens sejam tão criativos, a ponto de se deixarem denegar das experiências mais antigas.
  • E O autor do texto – cronista e poeta dos bons – acredita que cada nova geração absorve as experiências das que a antecederam.

Há emprego de voz passiva e adequada correlação entre os tempos e modos verbais na frase:

  • A Reconheçam-se na geração de hoje as experiências das gerações passadas, para que bem se compreenda a importância da transmissão dos valores.
  • B Não fossem as experiências dos mais velhos, cada geração haverá de contar apenas com suas intuições e pressentimentos.
  • C Muitos jovens terão deixado de reconhecer a importância das experiências de outras gerações, mesmo que vierem a desfrutar delas.
  • D Ainda que muitos jovens acreditassem que nada os ligava ás gerações passadas, não terão como deixar de reconhecer o respeito que lhes devem.
  • E caso o comportamento de um jovem pareça monstruoso, pelo que guarda de paradoxal, é preciso considerar a força que o leva às indecisões.