Questões comentadas de Concursos para Auditor Municipal de Controle Interno AMCI Area de Especialização: Geral

Limpar Busca

Na crônica “O Aventureiro”, de Rubem Braga,

  • A faz-se uma reflexão acerca do papel da solidão, responsável pela percepção e pelo cuidado de si em um contexto de anonimato e de dissolução das relações humanas.
  • B advinda da solidão das grandes metrópoles, pouco a pouco ganha corpo a hostilidade entre os transeuntes, contidos, no entanto, por uma mesma situação de desconhecimento e anonimato em meio a multidão.
  • C a procura de alguma companhia para dirimir a solidão, associada, em seguida, a uma tristeza confortável, cede lugar ao prazer proporcionado por um indistinto laço fraternal de anonimato com a multidão.
  • D a partir de referências concretas, como as ruas, os cafés e as salas de cinema, faz-se uma reflexão a propósito da solidão, ônus a ser pago por quem procura as grandes cidades em busca da liberdade proporcionada pelo anonimato.
  • E são descritos sucessivos modos de furtar-se à solidão das grandes cidades, que, embora por vezes prazerosa, é causa de uma vida carente de sentido, uma vez que tende a afastar as pessoas do convívio social.

Acerca dos recursos coesivos no texto de Rubem Braga,

  • A termos como multidão, coletivo de pessoas, que, por sua vez, é hiperonímia para homens e mulheres, bem como a metonímia caras, favorecem a coesão do texto, além de acrescentar novos matizes de sentido; no caso deste último termo, destaca-se a parte do corpo pela qual se costuma reconhecer alguém.
  • B a subordinação, usada preferencialmente à coordenação sintática, confere à crônica um caráter poético, uma vez que determina com precisão as relações de sentido entre as orações, exceção feita ao pronome onde, que tende a indeterminar a localização do personagem.
  • C os advérbios de tempo contrapõem-se ao uso constante do presente do indicativo, desenvolvendo uma tensão narrativa rompida apenas pelo desfecho da crônica, com o verbo no pretérito ficou, na última frase.
  • D o uso contínuo da conjunção e, notadamente no terceiro parágrafo, corrobora o contraponto temporal entre o passado e o presente do cronista, entre a cidade em que escolhera viver e aquela que reencontra.
  • E os pronomes esse, essa, este, esta e seus derivados, abundantes no texto, eximem o autor da busca por correlatos dos substantivos a que fazem referência, garantindo, no entanto, que a coesão mantenha a clareza e o andamento da narração.

Considere o uso de pronomes nos seguintes trechos do terceiro parágrafo do texto:

essa doçura melancólica da cidade estranha e grande.
que une os transeuntes da mesma rua.
onde perambulei docemente

Os termos sublinhados referem-se, respectivamente, a

  • A não conhecer ninguém — identidade — São Paulo
  • B não conhecer ninguém - vaga solidariedade - rua
  • C tristeza confortável — identidade - rua
  • D cidade — vaga solidariedade - rua
  • E tristeza confortável — vaga solidariedade - São Paulo

Mantém a coerência e, em linhas gerais, o sentido original do trecho Ligo para dois conhecidos; nenhum está em casa. Perdi há tempos meu caderno de endereços; não encontro a lista de telefone. Tomo um banho, mudo a roupa e saio sozinho... o que se encontra em:

  • A Tendo ligado para dois amigos e não estando nenhum em casa, não encontro a lista de telefone, de forma que perco há tempos meu caderno de endereços. Assim, após tomar um banho e mudar de roupa, saio sozinho.
  • B Ligo para dois conhecidos, muito embora nenhum esteja em casa. Já que perdi há tempos meu caderno de endereços, não encontro a lista de telefone; de maneira que tomo um banho e, após mudar a roupa, saio sozinho.
  • C Ainda que tenha perdido há tempos meu caderno de endereços, ligo para dois conhecidos, exceto que nenhum está em casa. Em seguida, para mudar de roupa, tomo um banho e saio sozinho.
  • D Liguei para dois conhecidos, no entanto, nenhum estava em casa. Após tomar um banho e mudar de roupa, saí sozinho, uma vez que perdi há tempos meu caderno de endereços e não encontro a lista de telefone.
  • E Depois que tomei um banho e mudei de roupa, saí sozinho. Ligara para dois conhecidos, mas nenhum estivera em casa. Havia tempos perdi meu caderno de endereços, conquanto não achasse a lista de telefone.

A flexão do verbo destacado deve-se ao elemento sublinhado em:

  • A pastéis feitos na hora, baratos e quentes com que em outros tempos enganei minha fome... (2° parágrafo)
  • B A ideia de entrar em um restaurante e jantar sozinho me deixa frio. (2º parágrafo)
  • C e beber sozinho seria mais triste do que tudo. (3º parágrafo)
  • D Na calçada ficou o fantasma solitário, mas livre e lírico, do rapaz aventureiro de antigamente. (último parágrafo)
  • E multidão encapotada que os cinemas de grandes luzes brilhantes vão engolindo em seus enormes ventres negros... (2º parágrafo)