Questões de Trabalho e Serviço Social: perfil, demanda, prática e competências profissionais (Serviço Social)

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Em obra seminal, Iamamoto e Carvalho (1988) analisam e discutem o controle da força de trabalho como uma função do assistente social desde a sua gênese.
Para Iamamoto (2007), as configurações atuais do mundo do trabalho recolocam essa discussão no sentido de que, ao atuar profissionalmente, o assistente social:

  • A corrobora a determinação inicial de ser mero executor terminal de políticas sociais;
  • B atua ideologicamente sobre os usuários que atende no cotidiano, reforçando os valores institucionais;
  • C colide com o princípio de pluralidade defendido pela totalidade dos documentos profissionais;
  • D colabora para um novo tipo de socialização do trabalhador e sua família;
  • E utiliza a coerção como instrumento para dirigir o trabalhador para um determinado objetivo.

A ____________ da política de Assistência Social vem demandando cada vez mais a inserção de assistentes sociais comprometidos(as) com a consolidação do Estado democrático dos direitos, a ____________ da seguridade social e das políticas públicas e o fortalecimento dos espaços de ____________ democrático.
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do trecho acima.

  • A expansão – universalização – controle social
  • B retração – universalização – poder representativo
  • C expansão – equivalência – poder representativo
  • D retração – equivalência – controle social
  • E expansão – universalização – poder representativo

Ao pensar no Serviço Social na atualidade, Faleiros (1996) avalia que os usuários de serviços sociais estão se percebendo como sujeitos de prestação de serviços, o que lhes permite considerar a estratégia institucional para si. Entretanto, as forças operantes no bloco dominante buscam manter o controle das parcerias e uso da burocracia para administrar o social.
Como consequência dessa estratégia do bloco dominante, o Serviço Social poderá ser orientado:

  • A para a mobilização dos usuários na luta por direitos;
  • B para o deslocamento de sua intervenção para situações emergenciais;
  • C prioritariamente para o Terceiro Setor e não para o público;
  • D mais para a gestão que para o cuidado;
  • E para trabalhos temporários e menos protegidos.
Com base no texto 1, no que diz respeito à chamada prática profissional, malgrado os avanços obtidos, a correlação de forças posta na sociedade aporta projetos sociais diversos, direcionando distintamente o processo social brasileiro e demandando diferenciadas perspectivas e estratégias de ação profissional. Nesse sentido, o conservadorismo profissional irá questionar a direção social da profissão que ganhou hegemonia a partir dos anos 1980.


Para tanto, uma de suas estratégias será lançar mão da matriz:
  • A pós-moderna;
  • B funcionalista;
  • C weberiana;
  • D religiosa;
  • E progressista.

Para Faleiros (1996), “o Serviço Social hoje compreende um vasto contingente de pessoal (...) que, cada vez mais, se aproxima de níveis acadêmicos superiores, embora tenda a se confrontar com outras profissões que investem no campo da pedagogia social ou da intervenção psicoterapêutica”. Assim, os processos e tensões no interior do Serviço Social estão condicionados por diferentes correlações de forças. A esse respeito, considere as correlações de forças a seguir.

I - Correlação de forças relativas à dinâmica institucional e às organizações corporativas e sindicais;
II - Correlações de forças sociais na disputa pela acumulação ou apropriação da riqueza em nível global/nacional/local;
III - Correlação de forças decorrentes da organização dos trabalhadores exigindo direitos.

São de fato correlações de forças que condicionam os processos e tensões no interior do Serviço Social:

  • A I, somente;
  • B II, somente;
  • C I e II, somente;
  • D II e III, somente;
  • E I, II e III.