Questões de Noções Fundamentais (Direito Penal)

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O princípio da insignificância

  • A é inaplicável a crimes tributários federais.
  • B é aplicável, de forma irrestrita, aos crimes contra a administração pública.
  • C sempre exclui a culpabilidade do agente.
  • D é inaplicável a crimes ou contravenções penais praticados contra a mulher no âmbito das relações domésticas.
  • E é inaplicável a crimes ambientais, segundo a jurisprudência consolidada dos tribunais superiores.

Pedro, brasileiro residente no exterior, cometeu, fora do território brasileiro, crime de genocídio contra um grupo religioso e, posteriormente, retornou ao Brasil.
Nessa situação hipotética, Pedro

  • A não poderá ser julgado no Brasil, pois o país não é signatário de tratado sobre genocídio.
  • B não poderá ser julgado no Brasil, pois o crime não foi cometido em território nacional.
  • C poderá ser julgado no Brasil, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro.
  • D poderá ser julgado no Brasil desde que o crime também seja punível no país onde foi praticado.
  • E poderá ser julgado no Brasil se o país onde ocorreu o crime não exercer sua jurisdição.

A respeito do concurso aparente de normas, é correto afirmar que:

  • A na relação de especialidade entre duas normas, prevalecerá a norma cujo preceito secundário preveja a maior pena;
  • B o princípio da especialidade expressa uma relação de gênero e espécie entre as normas em conflito, ao passo que o princípio da subsidiariedade expressa uma relação de continente e conteúdo e, nesse último, a norma prevalente é obrigatoriamente mais grave;
  • C o agente que pratica dois ou mais núcleos do tipo penal responde apenas por um crime, graças à aplicação do princípio da absorção;
  • D a punição exclusivamente pelo crime de descaminho, quando o crime de falso naquele se exaure, é hipótese de aplicação do princípio da subsidiariedade;
  • E crime progressivo, sinônimo de progressão criminosa, é exemplo da aplicação do princípio da consunção.

Dentre os princípios basilares do Direito Penal, está o da legalidade.
Acerca dele, é correto afirmar, à luz da Constituição da República e da jurisprudência dos Tribunais Superiores, que:

  • A o Supremo Tribunal Federal, no julgamento do ADO nº 26, expressamente excepcionou o princípio da legalidade e admitiu o emprego da analogia in malam partem, para equiparar as condutas homotransfóbicas aos crimes de racismo;
  • B se admite que medidas provisórias tipifiquem penalmente comportamentos;
  • C não se admite combinação de leis, salvo para beneficiar o réu;
  • D tratados e convenções internacionais, ainda que ratificados, não têm o condão de, no direito interno, tipificar crimes e cominar penas, por conta do princípio da reserva legal;
  • E leis complementares não podem tipificar penalmente comportamentos.

Sobre a eficácia da Lei Penal no tempo, avalie as afirmativas a seguir e assinale (V) para verdadeira e (F) para a falsa.

( ) A Lei Penal temporária ou excepcional, mesmo após a sua autorrevogação, goza de ultra-atividade, sendo aplicada ao fato praticado durante a sua vigência.

( ) A lei posterior, que deixa de considerar determinado fato como criminoso, retroage para alcançar fatos anteriores, ainda que definitivamente julgados no âmbito criminal, cessando, em virtude dela, a execução e os efeitos penais e extrapenais da sentença condenatória.

( ) No crime permanente, se este é iniciado sob a eficácia de uma lei e sua situação consumativa danosa persiste já sob a vigência de uma lei nova, aplica-se esta, ainda que mais severa que a primeira, por ela revogada.


As afirmativas são, respectivamente,

  • A F – F – V.
  • B V – V – V.
  • C V – V – F.
  • D F – V – F.
  • E V – F – V.