Questões de Max Weber e a Ação Social (Sociologia)

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A sociologia não pode deixar de ser ética; ética é prática de articular, pregar, promover e/ou impor regras de conduta moral. A moral é uma questão de responsabilidade em relação ao outro. Enquanto executam seu trabalho profissional de maneira adequada, os sociólogos estão inevitavelmente, de forma consciente ou não, preparando o terreno em que a consciência moral pode crescer, e com ela as chances de as atitudes morais serem assumidas e de a responsabilidade pelos outros ser cada vez mais aceita.
(Zygmunt Bauman, Para que serve a sociologia?, 2015)

Para Bauman, a responsabilidade moral em relação ao outro se fundamenta

  • A na dependência mútua dos seres humanos.
  • B na base religiosa da sociedade humana.
  • C no suporte afetivo da organização familiar.
  • D no contrato tácito subjacente à sociedade.
  • E no compartilhamento de valores sociais.

Em toda parte, o desenvolvimento do Estado moderno é iniciado através da ação do príncipe. Ele abre o caminho para a expropriação dos portadores autônomos e “privados” do poder executivo que estão ao seu lado, daqueles que possuem meios de administração próprios, meios de guerra e organização financeira, assim como os bens politicamente usáveis de todos os tipos. A totalidade do processo é um paralelo completo ao desenvolvimento da empresa capitalista através da expropriação gradativa dos produtores independentes.
(Max Weber, Ensaios de sociologia, 1982)

Segundo Weber, o Estado moderno distingue-se das formas anteriores de organização política ao se estruturar a partir

  • A do acordo com as classes dominantes.
  • B do contrato social fortalecido.
  • C da ordem estatal burocrática.
  • D da organização das forças armadas.
  • E da harmonia com o poder religioso.

Por trás do hábito de fugir da categoria explanatória “a fim de” e substituí-la pela categoria “por causa de”, se encontra o pressuposto tácito, ocasionalmente articulado, porém sobretudo inconsciente e dificilmente questionado, de que “as coisas são como são” e “natureza é natureza – ponto final”, assim como a convicção de que há pouco ou nada que os agentes – sozinhos, em grupo ou coletivamente – possam mudar no que se refere aos veredictos da natureza.
(Zygmunt Bauman, Para que serve a sociologia?, 2015)

Para Bauman, o resultado do hábito generalizado das pessoas comuns, mencionado no excerto, é uma

  • A percepção social fragmentada, segmentada e cristalizada.
  • B dialética entre aspectos subjetivos e objetivos da experiência.
  • C visão crítica da sociedade resultante de indagações causais.
  • D visão de mundo inflexível, inerte e imune à argumentação.
  • E concepção dinâmica da natureza e dos sistemas sociais.

Para que o Estado exista, os dominados devem obedecer à autoridade alegada pelos detentores do poder. Quando e por que os homens obedecem? Sobre que justificação íntima e sobre que meios exteriores repousa esse domínio?
(Max Weber, Ensaios de sociologia, 1982. Adaptado)

Segundo Weber, as justificações básicas do domínio dos detentores do poder sobre os dominados seriam

  • A a tradição, o carisma e a legalidade.
  • B os acordos entre poder político e religioso.
  • C as estruturas da segurança pública.
  • D os pactos entre poder político e econômico.
  • E a virtude, a fidelidade e a lealdade.

Se você procura a verdade da “vida real”, e não a “verdade” sobrecarregada com o duvidoso e presunçoso “conhecimento” de homúnculos nascidos e criados em tubos de ensaio, dificilmente poderia fazer melhor escolha que colher sugestões de gente como Franz Kafka, Robert Musil, Jorge Luis Borges, Georges Perec, Milan Kundera ou Michel Houellebecq.
(Zygmunt Bauman, Para que serve a sociologia?, 2015)

Segundo Bauman, no que diz respeito à relação entre Literatura e Sociologia na busca pela compreensão da realidade

  • A a literatura promove visões extremas e caricatas da sociedade.
  • B há uma relação de irmandade entre a sociologia e a literatura.
  • C a sociologia utiliza personagens literárias para estudos de caso.
  • D há uma superioridade epistêmica da literatura sobre a sociologia.
  • E a literatura e a sociologia não dialogam interdisciplinarmente.