Por trás do hábito de fugir da categoria explanatória “a fim de” e substituí-la pela categoria “por causa de”, se encontra o pressuposto tácito, ocasionalmente articulado, porém sobretudo inconsciente e dificilmente questionado, de que “as coisas são como são” e “natureza é natureza – ponto final”, assim como a convicção de que há pouco ou nada que os agentes – sozinhos, em grupo ou coletivamente – possam mudar no que se refere aos veredictos da natureza.
(Zygmunt Bauman, Para que serve a sociologia?, 2015)
Para Bauman, o resultado do hábito generalizado das pessoas comuns, mencionado no excerto, é uma
- A percepção social fragmentada, segmentada e cristalizada.
- B dialética entre aspectos subjetivos e objetivos da experiência.
- C visão crítica da sociedade resultante de indagações causais.
- D visão de mundo inflexível, inerte e imune à argumentação.
- E concepção dinâmica da natureza e dos sistemas sociais.