Em 1991, o então presidente americano, George Bush, ansioso por restaurar uma maioria conservadora na Suprema Corte dos Estados Unidos da América, encaminhou a indicação de Clarence Thomas, um juiz negro de visões políticas conservadoras. No raciocínio de Bush, os eleitores brancos (que podiam ter preconceitos em relação a um juiz negro) provavelmente apoiaram Thomas porque ele era conservador em termos da legislação de igualdade de direitos, e os eleitores negros (que apoiam políticas liberais em questões de raça) apoiariam Thomas por ele ser negro.
(Stuart Hall, A identidade cultural na pós-modernidade, 2006. Adaptado)
Segundo Stuart Hall, o Presidente Bush teria agido assim porque
- A necessitava aumentar o número de juízes imparciais na corte suprema.
- B estava utilizando politicamente concepções de identidade social.
- C desejava estabelecer um diálogo com forças progressistas do país.
- D pretendia conquistar apoio político de grupos supremacistas.
- E procurava garantir a permanência do status quo na corte suprema.