Questões de A Experiência do Sagrado (Filosofia)

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Para onde foi Deus? [...] Eu já lhes direi! Nós o matamos – vocês e eu. Somos todos seus assassinos! [...] Que fizemos nós, ao desatar a terra do sol? Para onde se move ela agora? Para onde nos movemos nós? Para longe de todos os sóis? Não caímos continuamente? Para trás, para os lados, para a frente, em todas as direções? Existem ainda “em cima” e “embaixo”? Não vagamos como que através de um nada infinito? [...] Deus está morto! Deus continua morto!

NIETZSCHE, F. A Gaia Ciência. SP: Cia. das Letras. 2001. p. 64.


No trecho acima, o filósofo Friedrich Nietzsche está expondo

  • A o diagnóstico de uma crise de referências a valores absolutos na civilização europeia moderna.
  • B o argumento cabal e definitivo que prova a inexistência de Deus.
  • C a crítica da cultura europeia à teologia cristã.
  • D a superioridade inequívoca da ciência sobre a religião.
  • E a crise das monarquias europeias ao longo do século IX.

A filosofia da tradição religiosa é um campo amplo que explora os fundamentos, a lógica interna e as questões filosóficas subjacentes às várias tradições religiosas ao redor do mundo. Nesse sentido, é correto afirmar que:

  • A essa área busca compreender os princípios subjacentes, às crenças, os rituais e as práticas apenas da religião cristã;
  • B a filosofia da tradição religiosa investiga exclusivamente sobre a existência de deus;
  • C a filosofia da tradição religiosa procura explorar como diferentes tradições religiosas podem encontrar pontos em comum ou dialogar entre si em busca de compreensão mútua e harmonia;
  • D a filosofia da tradição religiosa se limita apenas a entender os aspectos teológicos das religiões;
  • E a filosofia da tradição religiosa busca compreender apenas como algumas tradições judaicas influenciam a sociedade, a cultura, a moralidade e até mesmo a política.

A crença no transcendente pode oferecer um senso de propósito e significado à vida de uma pessoa, ajudando-a a encontrar respostas para questões existenciais. Nesse sentido, o conceito de transcendência refere-se:

  • A aos objetos e divindades que existem apenas no imaginário;.
  • B à espiritualidade ou algo além da realidade material;
  • C a divindades que não podem ser alcançadas por humanos.
  • D aos seres que possuem vida real, mas que possuem poderes especiais;
  • E aos poderes divinos de se teletransportar entre planos espirituais.

Religião e espiritualidade não se confundem. Não existe religião sem espiritualidade, mas existe espiritualidade sem religião. Isso acontece porque espiritualidade é uma:

  • A totalidade formada por partes; um sistema mais ou menos complexo de mitos, de dogmas, de ritos, de cerimônias
  • B experiência de base onienglobante com a qual se capta a totalidade das coisas exatamente como uma totalidade orgânica, carregada de significação e valor
  • C reunião de discursos e práticas, referentes a seres anteriores ou superiores ao ambiente natural e social, em relação aos quais os fiéis desenvolvem uma relação de dependência e obrigação
  • D sistematização de crenças e práticas relativas a coisas sagradas, isto é, separadas, proibidas; crenças e práticas que reúnem numa mesma comunidade moral, todos aqueles que a ela aderem
“Pois de nenhum modo submeto Deus ao fado, mas concebo que todas as coisas se seguem da natureza de Deus por uma necessidade inevitável, do mesmo modo que todos concebem que, da própria natureza de Deus, segue-se que Deus entende a si mesmo; certamente, ninguém nega que isso se segue necessariamente da natureza divina, e, todavia, ninguém concebe Deus coagido por algum fado, mas sim que ele, ainda que necessariamente, entende a si mesmo com total liberdade.”
ESPINOSA, Bento de. Correspondência entre Espinosa e Oldenburg. Belo Horizonte: Autêntica, 2021, Carta LXXV.

Assinale a opção que identifica corretamente a concepção espinosana de Deus.

  • A Ente supremo cuja livre vontade supera as legislações natural e humana.
  • B A própria natureza, processo material de produção que funciona mecanicamente.
  • C Inteligência intrínseca da natureza cuja operação se orienta a finalidades predeterminadas.
  • D Substância única a partir da qual todas as coisas vêm a ser de maneira determinada.
  • E Ser dessemelhante do humano por sua natureza absolutamente transcendente.