Questões de Conceitos Filosóficos (Filosofia)

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Em uma aula no 3º ano do Ensino Médio, o professor de Filosofia propõe a seguinte questão: “escolher o que quiser é sempre um sinal de liberdade?” A partir da provocação, os estudantes compartilham situações em que se sentiram livres (como sair de casa sem avisar, faltar às aulas, entre outras). O professor aproveita os exemplos para introduzir a noção de liberdade moral em Kant, segundo a qual ser livre não é agir por capricho, mas agir de acordo com a razão e por dever, mesmo contra a inclinação.

A estratégia adotada pelo professor evidencia uma prática docente que:

  • A utiliza exemplos vivenciais apenas como introdução ao debate sociológico.
  • B fragmenta o conteúdo filosófico para facilitar sua assimilação sem aprofundamento.
  • C transforma dilemas morais em oportunidades para discussões informais sobre o cotidiano juvenil.
  • D substitui a abordagem conceitual por experiências espontâneas de liberdade individual.
  • E articula a tradição filosófica à formação ética dos estudantes por meio da reflexão sobre experiências vividas.

Uma professora de Filosofia, em aula no 3º ano do Ensino Médio está trabalhando com seus estudantes o desenvolvimento argumentativo. Como atividade, propõe a seguinte pergunta: “O ChatGPT pensa?” Após apresentar respostas geradas pela própria ferramenta, os estudantes se dividem: alguns afirmam que a inteligência artificial apenas simula pensamento; outros acreditam que, com o tempo, poderá desenvolver consciência. A professora então propõe que os estudantes analisem os argumentos por trás dessas opiniões à luz de teorias da filosofia da mente, como o dualismo cartesiano, o funcionalismo e a ideia de inteligência artificial fraca e forte.
Considerando a atividade já realizada pela professora, qual das seguintes estratégias de aprendizagem é a mais adequada para fomentar o pensamento crítico dos estudantes e aprofundar esse aprendizado?

  • A Aplicar questionário individual sobre a distinção entre mente e máquina.
  • B Realizar uma exposição dialogada das principais correntes da filosofia da mente.
  • C Promover a leitura de textos clássicos com resumo orientado por perguntas-guia.
  • D Preparar uma júri simulado com defesa de visões filosóficas sobre inteligência artificial.
  • E Organizar uma roda de conversa informal sobre o impacto das tecnologias na educação.

De modo a propor um debate contemporâneo com seu estudantes do 2º ano do Ensino Médio, uma professora de Filosofia apresenta uma reportagem sobre o uso de reconhecimento facial em escolas públicas para fins de segurança. Alguns estudantes se mostram entusiasmados com a aplicação da tecnologia, enquanto outros demonstram preocupação com possíveis abusos e perda de privacidade. A professora aproveita o debate para introduzir uma questão filosófica: “Toda inovação científica deve ser adotada simplesmente porque é possível?”

Qual aprendizado a professora busca promover em seus estudantes com a atividade planejada?

  • A Compreender as leis científicas como verdades independentes dos fatores históricos e sociais.
  • B Problematizar a crença no progresso científico como neutro e necessariamente benéfico.
  • C Reconhecer o desenvolvimento tecnológico como uma resposta definitiva aos problemas sociais e humanos.
  • D Analisar as diferenças conceituais entre ciência aplicada e ciência básica no contexto escolar.
  • E Valorizar a ciência como única forma legítima de conhecimento na contemporaneidade.

Em uma turma do 3º ano do Ensino Médio, a professora de Filosofia apresenta a canção “Triste, louca ou má”, da banda Francisco, el Hombre:

Triste, louca ou má / Será qualificada / Ela quem recusar / Seguir receita tal
A receita cultural / Do marido, da família/ Cuida, cuida da rotina [...]
Que um homem não te define / Sua casa não te define / Sua carne não te define / Você é seu próprio lar

A música constitui ponto de partida para uma aula em que propõe aos estudantes refletirem sobre os papéis sociais atribuídos às mulheres. Ao executar essa atividade, a professora tem o seguinte objetivo formativo:

  • A exercitar a leitura hermenêutica de textos canônicos da história da filosofia ocidental.
  • B integrar conteúdos filosóficos com discussões sobre linguagem, identidade e cultura.
  • C analisar a construção estética da canção com foco em sua estrutura rítmica e poética.
  • D aplicar categorias metafísicas da tradição filosófica ao conteúdo simbólico da letra.
  • E treinar habilidades formais de argumentação a partir da lógica presente nos versos.

Durante uma aula sobre discursos partidários e polarização política, um estudante afirmou que é impossível dialogar com pessoas que possuem opiniões políticas divergentes, o que, segundo ele, torna inviável qualquer acordo sobre problemas sociais. Diante dessa colocação, o professor decidiu introduzir a teoria da ação comunicativa, de Jürgen Habermas, para mostrar uma possível solução para o problema levantado.
Após a explicação, alguns estudantes continuaram céticos e argumentaram que, na prática, o diálogo racional entre opiniões opostas é inviável, especialmente em contextos polarizados.
Ao buscar em Habermas a resolução do problema, o professor estava atento

  • A a razão instrumental, como ferramenta de acesso ao diálogo e acordos.
  • B ao giro dialógico, a busca de consenso dentro do aspecto da intersubjetividade.
  • C a ação comunicativa, a objetividade do discurso racional superior por consenso.
  • D ao mundo da vida, a subjetividade frente à demanda de acordos entre indivíduos.
  • E ao sistema, que permite o diálogo a fim de tecer acordos de forma intersubjetiva.