Questões de Os Contratualistas (Hobbes, Locke e Rousseau) (Filosofia) Página 3

Limpar Busca

Analise a seguinte afirmação do filósofo Merleau-Ponty: “nascer é ao mesmo tempo nascer do mundo e nascer no mundo. O mundo já está constituído, mas também não está nunca completamente constituído”. Considerando o pensamento do filósofo e sua relação com demais pensadores sobre o tema da liberdade, analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa correta. 
I. Quando o pensador fala que “nascemos do mundo”, quer dizer que, desde cedo, existe um campo aberto de possibilidades à nossa disposição, que pode nos permitir sermos livres ou não. II. Podemos compreender que o filósofo está buscando explicar o significado e o conceito de liberdade com base em dois aspectos: o da construção e o da liberdade situada. Em ambos os aspectos, o mundo abre caminhos, mas também impõem limites para a vivência da liberdade. III. Pode-se compreender a nossa existência com base em dois fundamentos: que nunca há determinismo e que nunca há escolhas absolutas, “pois nunca somos consciência nua”, algo pronto, acabado, somos seres abertos a uma infinidade de possibilidades. IV. O pensador está concordando com o pensamento de Rousseau, que afirma: “o homem no seu estado natural não é livre”, porque já nasce pronto. Segundo o filósofo, o homem é “o lobo do próprio homem”. Para ambos os pensadores, é a sociedade que torna o homem livre bondoso e virtuoso. Em outras palavras, é a sociedade que constrói a essência humana.

  • A Todas estão corretas.
  • B Todas estão incorretas.
  • C Apenas I está correta.
  • D Apenas I, II e III estão corretas.
  • E Apenas II, III e IV estão corretas.

Para o filósofo Jean Jacques Rousseau, o progresso, o nascimento da agricultura e da metalurgia foi configurando os seres humanos menos dóceis, inocentes e mais desiguais, levando alguns a possuírem mais bens do que outros. Nesse sentido, em sua reflexão sobre o tema, o filósofo afirma que a origem da desigualdade social foi estabelecida quando o homem

  • A Ao nascer, foi enrolado em um manto pela parteira, não podendo exercer a sua liberdade
  • B Em sociedade, corrompeu sua essência, o seu espírito de guerra inato à sua existência
  • C Deixou de considerar a agricultura e a agropecuária como um meio de sobrevivência e passou a considerá-las como um meio de acúmulo de bens.
  • D Associou-se espontaneamente em grupos, movido pelas paixões e sentimentos, exercendo sua liberdade e seu estado de livre-arbítrio que é inato à sua essência.
  • E Deu um passo fundamental no processo da corrupção existencial ao afirmar: “isto é meu”, o que gerou a divisão social entre ricos e pobres

Este filósofo acreditava que a arte é uma forma de expressão criativa que reflete a capacidade humana de pensar e agir de forma livre. Ele argumentou que a arte é uma forma de autoexpressão, pois os artistas usam suas habilidades para criar obras que refletem suas próprias ideias e sentimentos. Na sua reflexão sobre ética, afirmou que a razão pode definir o que é certo ou errado, e que isso determina a existência de uma ética universal, ou seja, para o filósofo a “razão pode definir leis morais universais”. Portanto, ele acreditava que uma ação é correta quando é possível que ela seja universalizada. A qual filósofo o contexto apresentado se refere?

  • A Aristóteles
  • B Platão.
  • C Kant.
  • D Hegel.
  • E Sartre.
Abaixo se encontram duas famosas frases de dois famosos filósofos: Jean-Jacques Rousseau e Thomas Hobbes respectivamente.
“O homem nasce _____, e por toda a parte se encontra a ______.” (ROUSSEAU, Jean-Jacques. Do contrato social. in: Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1978, p. 22.) “O homem é o ___ do próprio homem”.
(HOBBES, Thomas. Do cidadão. São Paulo: Martin Claret, 2006, p. 9)

Assinale a alternativa que preencha correta e respectivamente as lacunas. 
  • A prisioneiro / serviço / fim
  • B carente / desejoso / mártir
  • C cansado / caçar / cordeiro
  • D livre / ferros / lobo
  • E livre / ferros / sentido
No Livro I do Contrato Social, capítulo 7, Rousseau faz a seguinte declaração:
“A fim pois de o pacto social não ser um vão formulário, nele tacitamente se inclui essa obrigação, a única que pode fortificar as outras; que, se qualquer um se recusa obedecer à vontade geral, todo o corpo o force à obediência; isso não significa outra coisa exceto que o obrigarão a ser livre porque a condição com a qual se dá cada cidadão à pátria lhe assegura toda a independência pessoal; condição que faz o artifício e jogo da máquina política, e que só legitima os compromissos civis, os quais sem isso se tornariam absurdos, tirânicos e sujeitos aos maiores abusos.”
(ROUSSEAU, Jean-Jacques. Do Contrato Social. Ou princípios do direito político. Capítulo VII – Do soberano, 2011, p. 28 – grifo nosso.)


Assinale a alternativa incorreta sobre o que Rousseau quer dizer quando escreve que o cidadão será “obrigado a ser livre”.
  • A Ao entrar na sociedade civil, os indivíduos ganham a liberdade civil, que não está disponível para elas no estado de natureza. Essa liberdade é caracterizada por uma capacidade de ser racional e moral. Segundo Rousseau, essa liberdade só é possível mediante a concordância com o contrato social, tornando-se parte do soberano e obedecendo à vontade geral expressa nas leis
  • B Pessoas que infringem a lei ou violam o contrato social estão violando a própria instituição que tornou possível sua liberdade. Ao obrigar as pessoas a obedecer ao contrato social e às leis, o Estado estaria apenas obrigando as pessoas a se apegarem à liberdade civil que as torna plenamente humanas
  • C Rousseau, ao conceber o contrato social, faz uma importante distinção entre os oprimidos que estão a ferros e os opressores que os mantêm sob sujeição. É exatamente essa situação de injustiça e desarmonia que obriga a criação do contrato social
  • D Quando um indivíduo deseja os benefícios advindos de uma vida estável em sociedade, deve também desejar manter os meios pelos quais essa estabilidade é conseguida, o que inclui aceitar o estabelecimento de sanções penais que devem se aplicar a todos, incluindo a si mesmo
  • E Rousseau estabelece uma importante distinção entre o fato de se submeter à vontade de um homem ou um grupo, e, diferentemente, submeter-se à vontade geral, ou seja, à vontade do corpo político como um todo