Questões de A Metafísica de Aristóteles (Filosofia)

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É fato que o excesso de exercícios bem como a deficiência destes arruínam o vigor; do mesmo modo, tanto a bebida e o alimento em demasia quanto a falta destes arruínam a saúde, quando em proporção adequada a produzem, aumentam e preservam. O mesmo acontece em relação à moderação, à coragem e às outras virtudes. Aquele que, tomado pelo medo, de tudo foge e nada suporta se torna um covarde, ao passo que aquele que não experimenta medo diante de coisa alguma e tudo enfrenta se torna um temerário. Do mesmo modo, aquele que se curva a todos os prazeres e não se refreia diante de nenhum se converte em um licencioso. Por outro lado, quem se afasta de todos os prazeres, como os indivíduos rudes, se torna [um indivíduo] insensível.

(Aristóteles, 2001)

Segundo Aristóteles, para alcançar a virtude, é necessário

  • A alcançar a mediania.
  • B adotar a tolerância.
  • C perseguir o sumo bem.
  • D buscar o sumo saber.
  • E procurar a justiça em si.

A escola estoica foi fundada em Atenas em 300 a.C. por Zenão de Cítio (344-262 a.C.). A doutrina estoica antiga foi desenvolvida e elaborada pelos discípulos e sucessores de Zenão, Cleantes (330-232 a.C.) e Crisipo (280-206 a.C.). O estoicismo concebe a filosofia de forma sistemática e composta de três partes fundamentais: a física, a lógica e a ética, cuja relação é explicada através da metáfora da árvore. A física corresponderia à raiz, a lógica ao tronco e a ética aos frutos.

(Marcondes, 2010. Adaptado)

Segundo Danilo Marcondes (2010), a metáfora da árvore na filosofia estoica ilustra a

  • A antecedência da moral em relação à lógica.
  • B primazia da lógica em relação à física.
  • C importância da metafísica para a lógica.
  • D excelência da ontologia para a metafísica.
  • E relação próxima entre a física e a ética.

“Na busca da unidade, de uma natureza (physis), os primeiros pensadores gregos sistematizaram questões e se indagaram sobre as finalidades da existência, sobre o que era comum a todos os seres da mesma espécie, produzindo uma visão essencializada e metafísica sobre os seres humanos” (Brasil, 2018).
De acordo com o trecho acima, retirado da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), essa “visão essencializada e metafísica sobre os seres humanos” corresponde a uma identificação da condição humana como a de um:

  • A Ser histórico.
  • B Sujeito transcendental.
  • C Homo economicus.
  • D Animal racional.
  • E Animal social.

De acordo com Aristóteles, a felicidade (eudaimonia) é o bem supremo a ser alcançado pelo ser humano. Sobre a ética aristotélica e o conceito de felicidade, assinale a afirmativa correta.

  • A Para Aristóteles, a felicidade é um estado natural e inato, alcançado sem esforço ou aprendizado.
  • B A felicidade, para Aristóteles, é obtida pela acumulação de riquezas materiais e pelo poder político.
  • C A felicidade aristotélica depende exclusivamente da aprovação da sociedade e da reputação do indivíduo.
  • D A felicidade consiste em viver de acordo com a razão e desenvolver virtudes que equilibrem emoções e ações.

Para Aristóteles, o Estado se definia como uma “multidão de partes” ou a “universalidade dos cidadãos”: “portanto, o que constitui propriamente o cidadão, sua qualidade verdadeiramente característica, é o direito de voto nas Assembleias e de participação no exercício do poder público em sua pátria”.
(Aristóteles, 1991, p. 36.)

Alguns conceitos sobre política tornam-se emblemáticos nas obras de Aristóteles e são motivos de discussão e estudo até hoje. Alguns de seus princípios, no que se refere especificamente à política, ganham uma dimensão acadêmica fundamental, tal como o princípio da teleologia, que:

  • A Define, numa primeira instância, a inutilidade das regras morais no contexto da aplicação da política.
  • B Preconiza a existência do bem e do mal de uma forma transcendente, ambos sustentados no ser humano apenas pela fé.
  • C Está relacionada, entre outros fatores, com a ideia de que o Estado deve ter como finalidade a formação moral das pessoas.
  • D Orienta, a partir da construção de regras morais universais, o modo de agir que deve guiar os políticos em sua função específica de governar.