Questões de Filosofia e a Grécia Antiga (Filosofia)

Limpar Busca

Sobre a história do pensamento geográfico e os fundamentos que contribuíram para a constituição da Geografia como ciência, analise as afirmativas a seguir:

I. A filosofia foi essencial na formação do pensamento geográfico, oferecendo um embasamento conceitual para as ciências, por meio da reflexão abstrata e geral sobre o conhecimento.

II. A consolidação da geografia como disciplina científica se deu a partir do século XVIII, quando houve um aumento na quantidade de conhecimento e no número de instrumentos técnicos disponíveis.

III. As teorias geográficas são independentes das demais áreas do saber e não utilizam conceitos emprestados de outras ciências.

IV. Os pensadores pré-socráticos, principalmente das escolas Jônica, Itálica e Eleata, influenciaram a base filosófica da geografia ao proporem reflexões sobre a natureza.

Estão CORRETAS:

  • A I, II apenas.
  • B I, II e IV apenas.
  • C I, III apenas.
  • D II, IV apenas.
  • E I, II, III e IV.

Na obra de Marilena Chaui, Convite à filosofia, nos deparamos com a comparação entre mito e filosofia. Veja os dois textos a seguir:

Texto I
O mito pretendia narrar como as coisas eram ou tinham sido no passado imemorial, longínquo e fabuloso, voltando-se para o que era antes que tudo existisse tal como existe no presente. A Filosofia, ao contrário, se preocupa em explicar como e por que, no passado, no presente e no futuro (isto é, na totalidade do tempo), as coisas são como são.

Texto II
O mito narrava a origem por meio de genealogias e rivalidades ou alianças entre forças divinas sobrenaturais e personalizadas, enquanto a Filosofia, ao contrário, explica a produção natural das coisas por elementos naturais primordiais [...] por meio de causas naturais e impessoais [...].

CHAUI, Marilena de Souza. Convite à filosofia. 13. ed. São Paulo: Ática, 2004. p. 36.

Comparando os dois textos é possível afirmar que

  • A o mito e a filosofia compartilham uma mesma forma de pensamento, pois ambos explicam o mundo a partir de narrativas sagradas e sobrenaturais.
  • B a filosofia supera o mito ao substituir explicações fantásticas e divinas por investigações fundamentadas na razão e em causas naturais.
  • C a função do mito e da filosofia é a mesma: preservar as tradições culturais por meio da repetição de histórias sagradas.
  • D enquanto o mito busca compreender as leis naturais do universo, a filosofia se preocupa apenas com os sentimentos humanos.
  • E a filosofia, por rejeitar toda forma de narrativa, não busca compreender origens nem causas do mundo.

A democracia é, como o próprio nome indica, a forma de governo na qual o povo exerce o poder político. Ora, o povo, viu-se, tem como grau de conhecimento máximo o conhecimento que Platão designa de opinião [...]. Assim, a rigor, a democracia é precisamente a forma de governo na qual a opinião pública é livre para se realizar, por assim dizer.

COMPARINI, Julio de Souza; NUNES, Silvio Gabriel Serrano; TOMELIN, Georghio Alessandro. Democracia e opinião pública em Platão. Cadernos de Ética e Filosofia Política, São Paulo, v. 42, n. 2, p. 40–54, 2º sem. 2023.

Segundo o texto, o fundamento da crítica de Platão à democracia está na

  • A liberdade desmedida frente às normas que regulam a vida cívica.
  • B escolha de governantes sem tradição política ou prestígio social.
  • C ausência de alternância institucional no exercício do poder.
  • D tensão entre igualdade política e hierarquia filosófica.
  • E prevalência da doxa sobre a razão na vida pública.

Ética na Administração Pública: Filósofo da Grécia Antiga, que foi precursor do estudo aprofundado da Ética. Escolha nas alternativas a que se refere ao filósofo expoente desse estudo.

  • A Pitágoras.
  • B Diógenes.
  • C Sócrates.
  • D Platão.
  • E Aristóteles.

Pode-se provar a existência de Deus por cinco vias. À primeira [...] parte do movimento. Nossos sentidos atestam, com toda a certeza, que neste mundo algumas coisas se movem. Ora, tudo o que se move é movido por outro. [...] Assim, se o que move é também movido, o é necessariamente por outro, e este por outro ainda. Ora, não se pode continuar até o infinito [...]. É então necessário chegar a um primeiro motor, não movido por nenhum outro, e este, todos entendem: é Deus.

TOMÁS DE AQUINO. Suma Teológica. Vol. 1. 9. ed. São Paulo: Edições Loyola, 2009.

Na primeira via, Tomás de Aquino explica o movimento com base em um princípio da filosofia clássica, qual seja:

  • A o nous, inteligência cósmica introduzida por Anaxágoras para ordenar o real.
  • B o ser imóvel e uno de Parmênides, em que o movimento é apenas ilusão sensível.
  • C o apeiron, princípio indeterminado de Anaximandro como fonte de tudo o que existe.
  • D a harmonia numérica dos pitagóricos, entendida como fundamento da ordem universal.
  • E a causa eficiente, proposta por Aristóteles como origem da mudança na realidade sensível.