Questões de Justiça da Infância e da Juventude (Direito da Criança e do Adolescente)

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Jean, de 12 anos e Rita, de 8 anos, são vizinhos e muito amigos. Em uma tarde de brincadeiras, Rita foi à casa de Jean e voltou dizendo que estava cansada por ter feito “sexo a tarde toda” com o amiguinho. Diante desse relato, a mãe da criança chamou a polícia, que apreendeu o menino em flagrante, tendo sido iniciado processo na Vara de Infância. Posteriormente, ao ouvir de forma mais cuidadosa à menina, entendeu-se que Rita havia se referido a uma brincadeira de dar beijo na boca, imitando o “sexo” das novelas.


Frente à situação hipotética, podemos afirmar que

  • A Jean deve ser submetido a medida socioeducativa aplicada pelo magistrado da Vara de Infância.
  • B uma medida socioeducativa pode ser determinada para Rita que caluniou o amiguinho.
  • C o Ministério Público não pode conceder remissão como forma de exclusão do processo.
  • D o juiz pode não aplicar nenhuma medida se for provado que nada abusivo aconteceu.
  • E a mãe de Rita pode cumprir medida socioeducativa diante da exposição vexatória de Jean à polícia.

A Justiça da Infância e da Juventude é competente para:


( ) conhecer de ações decorrentes de irregularidades em entidades de atendimento, aplicando as medidas cabíveis.


( ) conhecer de pedidos de adoção e seus incidentes;


( ) conhecer de representações promovidas pelo Ministério Público, para apuração de ato infracional atribuído a adolescente, aplicando as medidas cabíveis.

Assinale a alternativa que apresente a sequência correta.

  • A V – F – V.
  • B F – F – V.
  • C V – V – V.
  • D F – V – F.

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) tem o intuito de proteger os direitos de crianças e adolescentes. Sobre o ECA, é correto afirmar que:

  • A define que crianças e adolescentes têm direito a participar da vida pública, incluindo a capacidade de opinar sobre questões que lhes digam respeito e serem ouvidos em processos judiciais.
  • B exclui a responsabilidade dos pais em garantir a proteção e o desenvolvimento adequado de seus filhos, transferindo toda a responsabilidade para o Estado.
  • C garante a prioridade absoluta dos direitos de crianças e adolescentes apenas em situações de vulnerabilidade extrema, não abrangendo o direito à educação e saúde de forma ampla.
  • D estabelece que o direito à convivência familiar é opcional e pode ser substituído por cuidados institucionais sem necessidade de adoção.
  • E não prevê mecanismos de proteção para crianças e adolescentes vítimas de violência, focando apenas em políticas educacionais.

Finda a instrução de uma ação socioeducativa, é aplicada medida socioeducativa ao adolescente. Inconformada, a defesa interpõe recurso de apelação, sendo apresentada apenas a petição de interposição do recurso, isto no último dia do prazo, reservando-se a defesa o direito de apresentar suas razões recursais no tribunal.
Vindos os autos conclusos para decisão, o juiz deve:

  • A determinar a subida dos autos ao Tribunal de Justiça, na forma requerida pela defesa;
  • B realizar juízo de retratação e abrir vista ao Ministério Público;
  • C determinar a abertura de vista ao Ministério Público para que se manifeste, apresentando suas contrarrazões;
  • D determinar a subida dos autos ao Tribunal de Justiça para que o requerimento da defesa seja apreciado em segunda instância, visto que a função judicante já se encerrou;
  • E declarar inexistente o recurso, já que o sistema recursal adotado pelo ECA é o processual civil, devendo as razões acompanhar a petição de interposição do recurso.

Valentin, de 13 anos de idade, foi representado pela prática de ato infracional análogo ao crime de tráfico de drogas. O adolescente foi citado, porém, na data da audiência de apresentação, deixou de comparecer ao ato. Nesse caso, o defensor público deverá formular o pedido de:

  • A Expedição de mandado de condução coercitiva, pois é indispensável a presença do infante na audiência de apresentação.
  • B Expedição de mandado de busca e apreensão, pois é indispensável a presença do infante na audiência de apresentação.
  • C Prosseguimento do feito, com decretação de revelia.
  • D Dispensa de comparecimento do infante e prosseguimento do feito, pois sua presença não é obrigatória e a previsão do ECA é inconstitucional.
  • E Suspensão do processo até que o adolescente compareça voluntariamente ao fórum.