Movimento de Renovação do Serviço Social
Movimento de Renovação do Serviço Social
O Movimento de Renovação do Serviço Social (MRSS) foi um processo crítico e transformador ocorrido no Brasil nas décadas de 1960 e 1970, marcando a transição do Serviço Social tradicional (influenciado pela Igreja e pelo conservadorismo) para uma perspectiva mais crítica, alinhada às demandas sociais e à teoria marxista.
Contexto Histórico
Surge em um período de efervescência política, com influência das lutas sociais, ditadura militar (1964-1985) e a emergência de movimentos populares. O Serviço Social tradicional, de caráter assistencialista e focalizado, passa a ser questionado por profissionais e acadêmicos.
Principais Características
- Crítica ao conservadorismo: Rejeição ao caráter paliativo e moralizante da profissão.
- Influência marxista: Incorporação da teoria social crítica para análise das desigualdades.
- Compromisso com as classes oprimidas: Defesa de uma prática profissional vinculada à transformação social.
- Reconceituação: Busca de novos fundamentos teórico-metodológicos para o Serviço Social.
Principais Autores e Referências
José Paulo Netto, Marilda Iamamoto, Manuel Manrique Castro e outros intelectuais foram fundamentais na crítica ao tradicionalismo e na construção de uma perspectiva dialética para a profissão.
Impacto no Serviço Social Brasileiro
O MRSS consolidou a ruptura com o assistencialismo, fortaleceu a formação crítica dos assistentes sociais e influenciou o Código de Ética de 1993, que incorpora princípios como a defesa dos direitos e a liberdade como valor ético central.
Relevância para Concursos
É comum em provas abordarem:
- Diferença entre Serviço Social tradicional e o pós-renovação.
- Influência do marxismo na profissão.
- Princípios éticos decorrentes do MRSS.
- Nomes associados ao movimento e suas obras.