Matricialidade Sociofamiliar
Matricialidade Sociofamiliar: Conceito Central
A Matricialidade Sociofamiliar é um eixo estruturante da prática profissional do Serviço Social, enfatizando a família como unidade de referência para intervenções. Surge a partir da crítica às abordagens individualistas, destacando a família como mediadora entre o indivíduo e a sociedade, influenciada por determinações históricas, culturais e econômicas.
Fundamentos Teóricos
Ancorada no Materialismo Histórico e na Teoria Social Crítica, a Matricialidade rejeita visões naturalizadas da família, analisando-a como construção social dinâmica. Incorpora contribuições de autores como Mioto e Sposati, que destacam a família como espaço de contradições e proteção social não substitutiva às políticas públicas.
Dimensões da Intervenção Profissional
- Analítica: Compreensão da família em sua totalidade e singularidade
- Ético-política: Defesa de direitos e enfrentamento de desigualdades
- Técnico-operativa: Instrumentos como visitas domiciliares e abordagem grupal
Aplicação em Políticas Sociais
Orienta ações no SUAS (CRAS/CREAS), saúde (ESF), educação e assistência social, com enfoque na prevenção e fortalecimento de vínculos. Exige do assistente social capacidade de análise institucional e mediação de conflitos intrafamiliares.
Questões Relevantes para Concursos
- Diferença entre Matricialidade e focalização familiar
- Crítica à culpabilização familiar pela pobreza
- Articulação com o Princípio da Proteção Social (LOAS)
- Desafios na intervenção com famílias em vulnerabilidade