Resumo de Sociologia - Instituições Sociais

Instituições sociais, normas e valores

Organizações que determinam os papéis desempenhados por cada indivíduo

De acordo com o sociólogo alemão Max Weber, as instituições sociais são as ferramentas utilizadas para integrar os indivíduos à sociedade. Um exemplo muito claro de instituição social é a Igreja. Através da religião, as pessoas que professam a mesma crença podem comungar, compartilhar dos mesmos costumes, hábitos e tradições. 
Uma outra função realizada pelas instituições sociais é o estabelecimento de regras e comportamento. A família, por exemplo, cumpre muito bem esse papel. Ela é a primeira instituição social à qual temos contato e a partir dela recebemos os primeiros elementos que compõem a nossa identidade
Enquanto crescemos, assimilamos os ritmos sociais como, por exemplo, a que horas acordar, dormir, jantar, quando tomar banho, o que pode e o que não pode fazer, os conceitos de certo e errado. Logo em seguida vem a escola, que promove um outro tipo de socialização. 
A integração promovida pelas instituições sociais podem acontecer em dois níveis: socialização primária e socialização secundária, para entender melhor esses conceitos e como eles funcionam, continue a leitura. 

Características das instituições sociais

Weber conceituava as instituições sociais como um meio de manter os membros de uma sociedade mais unidos, formando uma coesão social. Para isso, cada uma delas desempenhava uma função específica, tendo também, características específicas de acordo com o tipo de socialização promovida. 
Socialização primária – como o próprio nome sugere, as instituições sociais de nível primário são aquelas com as quais o indivíduo tem os primeiros contatos, a exemplo da família e da Igreja. As instituições sociais de socialização primária passam as regras de convívio e formação social, formas de linguagem, valores morais. 
Socialização secundária – são exemplos a escola, o trabalho e o Estado. Essas instituições estabelecem instruções e normas específicas voltadas para o coletivo, como as noções de direitos individuais, leis, ética, direito a propriedade, hierarquia social, organização financeira. 

Como as Instituições Sociais atuam


Família
Como citado anteriormente, a família é a primeira instituição a qual o indivíduo tem contato. Ela é responsável por instruir as crianças e fornecer as primeiras noções básicas de convívio social, além de auxilia-los a desenvolver sentimentos como o amor, respeito e a amizade. Além disso, é na convivência familiar que as crianças vão assimilando o idioma e aos poucos têm total compreensão da língua. Alguns valores são incorporados ao longo do tempo por outras instituições, mas as primeiras noções de educação, valor, ética e moral também são apresentados às crianças no espaço familiar.


Igreja
Não só as igrejas, mas também as diferentes religiões, são responsáveis por promover uma unidade de pensamento religioso. Essa instituição une membros que nem sempre compartilham de traços consanguíneos, através da crença em algo ou alguém. As religiões também atuam inserindo valores morais por meio de seus ensinamentos. Quem compartilha a fé cristã, por exemplo, aprende as noções de bem e mal, certo e errado, pecado, salvação, amor, esperança.


Escola
O espaço escolar não é só um lugar onde as pessoas aprendem as normas gramaticais ou se apropriam dos conteúdos de física e matemática. De acordo com Michel Foucault, a escola também funciona como um aparelho repressor. Nesse espaço existe uma hierarquia que deve ser respeitada e várias regras são aplicadas para que os alunos se adequem. No final de tudo, quando saírem dela disciplinados, eles poderão reproduzir o que foi apreendido no mercado de trabalho. 


Trabalho
Assim como a escola, o trabalho também impõe uma disciplina. Em busca de alcançar seus objetivos individuais ou coletivos, os indivíduos se integram a um mecanismo no qual o objetivo é manter o capital girando.


Estado
Dentre estes mecanismos, o Estado é o mais importante. Enquanto a família une os membros em laços de consanguinidade ou afetividade, o Estado cria uma relação de pertencimento nacional, unindo os membros através do idioma e territorialidade. Dividido em três, executivo, legislativo e judiciário, o Estado é quem promove todas as regras e leis de convívio social, que devem ser respeitadas por todos os cidadãos. 


O Estado também é a instituição que tem o poder de coerção. Através de seus aparelhos repressivos, como a polícia, o Estado pode punir as pessoas que apresentam má conduta ou um comportamento que não corresponde ao que está estabelecido.