A partir de 1970, em resposta à sua própria crise, o Capital engendrou um processo de reorganização produtiva em escala global, tendo repercussão não só no sistema econômico, mas também no plano ideológico e político. Suas expressões mais radicais se expressam na reestruturação da produção e do trabalho (Passos, 2018). Sobre as transformações no mundo do trabalho atual, suas expressões e características, a partir da reestruturação produtiva do Capital, marque a alternativa CORRETA.
Fonte: PASSOS,Rachel Gouveia. Trabalho, gênero e saúde mental: contribuições para a profissionalização do cuidado feminino. São Paulo: Cortez, 2018
- A No processo atual da reestruturação produtiva do Capital, há uma nova morfologia do trabalho, a qual tem por característica o aprofundamento da divisão sexual, proporcionando uma redução significativa das mulheres no mercado de trabalho, especialmente no setor de serviços.
- B Dentre os principais elementos engendrados pela reestruturação produtiva do Capital na atualidade, estão a proletarização industrial e a unificação das formas de trabalho ocasionada pela subproletarização.
- C No toyotismo, proliferaram distintas formas de “empreendedorismo”, “cooperativismo”, “trabalho voluntário”, dentre as mais distintas formas de trabalho precarizado. Os capitais utilizaram-se de expressões que estiveram presentes nas lutas sociais dos anos de 1960, como autonomia e participação social, para dar-lhes outras configurações distintas, de modo a incorporar elementos do discurso operário, porém sob uma concepção burguesa.
- D A polivalência e a multiatividade, traços da força de trabalho feminina, têm reduzido os postos de trabalho para mulheres no processo de reestruturação produtiva, pois o Capital não se utiliza destes atributos sociais, por serem atividades desenvolvidas na esfera reprodutiva.
- E As relações sociais sexuadas e a divisão sexual do trabalho são expressões dissociáveis, pois apenas separando-as se compreenderá a divisão sociotécnica do trabalho, caracterizada a partir da reestruturação produtiva do Capital pela subalternidade, invisibilidade e opressão de gênero.