Questões de Reconstrução Democrática: Governos Lula e Dilma – (PT no poder) (História)

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Leia o texto a seguir:

A escravidão perpetua na história brasileira, assinalando seu caráter não anacrônico às relações sociais brasileiras.

(Tiago Muniz Cavalcanti; Rafael Garcia Rodrigues, Trabalho escravo contemporâneo: hoje, o mesmo de ontem. Veredas do Direito, Belo Horizonte, Dom Helder, v. 20, 2023. Adaptado)

De acordo com os autores, o trabalho escravo contemporâneo

  • A limita-se aos rincões do espaço rural brasileiro, como nas carvoarias e olarias do interior, distante dos setores mais dinâmicos da acumulação capitalista atual.
  • B resulta de uma modernização incompleta e inacabada, fazendo conviver na mesma economia a forma assalariada capitalista e a forma escravista pré-capitalista.
  • C não é um fenômeno que ocorre à margem da modernidade capitalista, ao contrário, permanece plenamente integrado e ajustado à lógica do sistema produtivo.
  • D deixou para trás as marcas de violência e coerção da escravização negra colonial, tendo se transformado em instrumento de apadrinhamento e compadrio.
  • E está relacionado às casas de famílias do interior que ainda hoje fazem uso da mão de obra negra feminina para a execução do trabalho doméstico mais pesado.

Leia o texto a seguir:

A relação com o mundo que podemos chamar de mágico pode ser considerada como um universal do humano. Todos os grupos sociais, em diferentes épocas e espaços, constroem formas de se relacionar com o mundo desconhecido, na busca de caminhos e explicações que lhes ajudem a entender o enigma da vida e da morte, o sentido de ser e estar no mundo.

(Kabengele Munanga; Nilma Lino Gomes, O negro no Brasil de hoje. São Paulo: Global, 2016. Adaptado)

De acordo com os autores, a religiosidade negra

  • A estabeleceu parâmetros para uma religião baseada em pressupostos cartesianos e com fundamentação científica.
  • B desvinculou-se da tradição africana e se aproximou à religião cristã por meio do estabelecimento de santos de origem negra.
  • C contribuiu para a formação de um imaginário monoteísta na sociedade brasileira, se somando à tradição judaico-cristã.
  • D ficou marcada por seu universo da magia e da superstição, sem constituir propriamente um corpus religioso relacionado ao sagrado.
  • E enriqueceu a cultura brasileira com diferentes expressões e formas de se relacionar com o mundo mágico e sobrenatural.

Leia o texto a seguir:

As vozes das nossas antepassadas, com suas dores e lutas ainda ecoam entre nós e servem de exemplo para que não desistamos do nosso objetivo de construir uma sociedade digna para todos.

(Kabengele Munanga; Nilma Lino Gomes, O negro no Brasil de hoje. São Paulo: Global, 2016. Adaptado)

Nesse sentido, conhecer a história de negros e negras faz-se necessário para

  • A assumir com orgulho a condição de negro, atrelando à identidade individual o ser negro coletivo.
  • B servir de modelo de inspiração por aqueles que têm o objetivo de ascender economicamente.
  • C fazer esquecer o passado de lutas negras para abrir uma perspectiva de um futuro redentor.
  • D lembrar o passado do movimento negro, cabendo agora a cada negro escrever sua própria história.
  • E desvincular o passado de lutas negras da trajetória de sucesso pessoal de cada negro no Brasil.

O desfile das Escolas de Samba de 2025 foi histórico, já que foi a primeira vez que o Grupo Especial do Rio de Janeiro se dividiu em três noites de desfiles. Até 1983, as apresentações eram realizadas apenas no domingo, e entre 1984 e 2024, o desfile também acontecia na segunda-feira. Esse ano, o Carnaval mais conhecido no Brasil e no Mundo trouxe em muitos de seus sambas enredos, através das escolas de samba, uma temática de um povo que, para ser estudado nas escolas, tiveram que “promulgar” uma lei, a lei nº 10.639/2003 que estabelece nas diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira". Assim, sobre as temáticas da História Nacional, do Carnaval, da Cultura Afro-Brasileira e suas relações com outros continentes analisemos os itens abaixo:

I. No Governo de Lula, em 09 de janeiro de 2003, este faz alterações na Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e nela consta a inclusão da obrigatoriedade da temática da História e Cultura Afro-Brasileira, fora isso, no calendário escolar e brasileiro trouxe um dia que passou a ser emblemático para criarmos consciência sobre nossas origens históricas, esse dia é o 20 de novembro como ‘Dia Nacional da Consciência Negra’.
II. “Transbordo a revolta dos mais oprimidos, Eu sou caboclo da mata do catucá, Eu sou pavor contra tirania, Das matas, o encantado, Cachimbo já foi facão amolado, Salve malungueiro, juremá” – Esse foi um trecho do samba enredo da escola de samba Unidos do Viradouro, que fora em 2024 a campeã do desfile de carnaval do Rio de Janeiro, buscou seu quarto título em 2025 com o enredo “Malunguinho: O Mensageiro de Três Mundos”, que retrata a entidade afro-indígena em suas manifestações como Caboclo, Mestre e Exu/Trunqueiro. Sob a assinatura de Tarcísio Zanon, o desfile retorna ao século XIX, em Pernambuco, para narrar a resistência do quilombo do Catucá e a luta de seu último líder, João Batista, o Malunguinho. Vimos que em 2025, mais de uma das escolas de samba apresentaram em seus sambas enredos uma característica expressiva sobre a história afro-indígena brasileira, destacando o seu valor na História do Brasil.
III. Os tais “limões de cheiro”, símbolo máximo do entrudo, era uma bola de cera ou bexiga animal recheada com uma mistura de água, perfume e, em muitos casos, líquidos menos inocentes, como urina. Apesar da violência, o entrudo fazia parte do calendário festivo anual e tinha muitos adeptos e simpatizantes, inclusive na Corte. Outra herança carnavalesca portuguesa, essa bem mais tranquila, foi o zé-pereira, em que tocadores de bumbos enormes acompanhavam as procissões na região do Minho, em Portugal, os chamados zé-pereiras se espalharam pelo Rio de Janeiro no século 20, assim como em Teresina, no Piauí, que em 2012 o Corso do Zé Pereira entrou para o Livro dos Recordes (Guinness World Records Book) como o maior Desfile de Carros Alegóricos.
IV. Com base nesses discursos podemos afirmar que a religião, a cultura e a raça estiveram presentes na temática Carnaval e a relação entre igreja e os folguedos foram de altos e baixos, visto que durante a Idade Média, “Ao criar a Quaresma, a Igreja Católica instituiu o carnaval” muitos papas foram inimigos da “festa da carne”, mas, no século 15, o papa Paulo II se mostrou mais tolerante ao autorizar a Via Lata, área diante do seu palácio em Roma, para a celebração do carnaval romano, com desfiles, corridas, danças, brincadeiras. “O carnaval no Rio é o acontecimento religioso da raça.” Logo no primeiro parágrafo de seu Manifesto da Poesia Pau-Brasil, um dos mais importantes textos da literatura brasileira, o escritor Oswald de Andrade exalta a importância da festa mais popular do país, que contagia grande parte da população com uma explosão de alegria e transporta a cultura brasileira a todas as partes do mundo.

Está correto o que se afirma apenas em:

  • A I, II e III.
  • B II e IV.
  • C I, II, III e IV.
  • D I e III.
  • E III e IV.

O Brasil na atualidade enfrenta desafios em diversas áreas, incluindo a economia e o meio ambiente. Em relação à questão ambiental, qual das alternativas a seguir caracteriza uma medida recente tomada pelo governo brasileiro que visa à preservação dos recursos naturais?

  • A A participação em acordos internacionais como o Acordo de Paris, que compromete o país a reduzir suas emissões de gases de efeito estufa.
  • B A flexibilização de leis ambientais para facilitar a exploração de terras indígenas.
  • C O incentivo à expansão de áreas de monocultura em regiões da Amazônia.
  • D A criação de um programa nacional para subsidiar o desmatamento em áreas de preservação.