A Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP) define DOR como “uma experiência sensorial e emocional desagradável associada ou semelhante àquela associada a dano tecidual real ou potencial”, e é ampliada pela adição de seis notas principais e pela etimologia da palavra dor para um contexto mais valioso (RAJA et al., 2020). A percepção da dor e nocicepção em vertebrados menos derivados, como peixes, têm sido um assunto amplamente debatido no meio científico (Guia Brasileiro de Produção, Manutenção ou Utilização de Animais em Atividades de Ensino ou Pesquisa Científica, 2023). Os peixes foram considerados, por muito tempo, animais insensíveis à dor (ARLINGHAUS et al., 2007); entretanto, estudos mais recentes apontam que estes animais pode ser sensíveis a estímulos nocivos (WOLKERS et al., 2015). Sendo assim, o uso de peixes na pesquisa científica e no ensino deve considerar o bem-estar e as questões bioéticas envolvidas no uso destes animais. Baseando-se no Guia Brasileiro de Produção, Manutenção ou Utilização de Animais em Atividades de Ensino ou Pesquisa Científica (2023), é correto afirmar sobre os critérios para se determinar a capacidade dos peixes em experienciar a dor:
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A Aumento da atividade natatória, hiperatividade e aumento da frequência ventilatória são respostas fisiológicas normais sem vínculo com estímulos nocivos.
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B A estimulação nociva cutânea de peixes não provoca potenciais evocados em regiões do SNC, incluindo o telencéfalo, sugerindo que as informações não ascendem ao encéfalo.
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C Peixes não apresentam um sistema opioide funcional e tão pouco receptores opioides.
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D Peixes não são capazes de aprender a evitar estímulos nocivos.
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E Os peixes apresentam nociceptores que geram respostas a estímulos nocivos como pressão, calor, calor e químicos irritantes.