Questões de Doenças Infecciosas (Veterinária)

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O controle sanitário de enfermidades infecciosas de alto impacto na saúde animal e na saúde pública envolve estratégias de vacinação, produção de antígenos diagnósticos e aplicação de soros hiperimunes. A atuação do médico veterinário nesse contexto exige conhecimento técnico sobre os agentes etiológicos, os mecanismos imunológicos envolvidos e as medidas preventivas adotadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), com foco em doenças como a brucelose, raiva, peste suína, micoplasmose e doença de Newcastle, entre outras.
Associe as doenças listadas às suas características e aplicações em programas sanitários:

1. Vacinação de rotina obrigatória em cães e animais de produção; vírus neurotrópico, com transmissão por mordedura.
2. Bactéria do gênero Brucella, de importância zoonótica; o controle inclui vacinação de bezerras com cepa B19.
3. Vírus de aves de alta transmissibilidade, com sinais respiratórios e nervosos, controlado com vacina viva ou inativada.
4. Doença bacteriana crônica que compromete o trato respiratório de aves, causada por Mycoplasma gallisepticum.
5. Enfermidade viral de suínos, de notificação obrigatória e erradicada no Brasil, mas com vigilância constante.

( ) Doença de Newcastle ( ) Brucelose ( ) Peste suína clássica ( ) Micoplasmose aviária ( ) Raiva

Assinale a sequência CORRETA:

  • A 3 – 2 – 5 – 4 – 1
  • B 1 – 2 – 3 – 4 – 5
  • C 3 – 4 – 5 – 2 – 1
  • D 3 – 1 – 5 – 4 – 2
  • E 5 – 2 – 3 – 4 – 1

A doença causada pela inflamação da glândula mamária em vacas em resposta à infecção por microrganismos, como bactérias e fungos, é conhecida como

  • A brucelose.
  • B mastite.
  • C febre aftosa.
  • D tripanossomíase.
  • E tuberculose bovina.

A suinocultura apresenta grande relevância tanto em termos de produção para abastecimento de mercado interno quanto para exportação. Dentro deste contexto, destaca-se a peste suína clássica (PSC), que pode produzir grandes perdas produtivas e econômicas, sendo uma doença extremamente contagiosa, com taxas de mortalidade que podem chegar até 100% a depender da cepa envolvida. Sobre a PSC, assinale a alternativa incorreta.

  • A O vírus da PSC pode sobreviver por meses em produtos processados e na carne in natura refrigerada e por anos em carne congelada.
  • B A confirmação pelo médico veterinário oficial da suspeita clínica de PSC em um estabelecimento de criação implicará a adoção imediata, pelo serviço veterinário oficial, de medidas sanitárias para sua eliminação, bem como para impedir sua difusão a outros estabelecimentos de criação, devendo ser procedida uma investigação epidemiológica para estabelecer a origem da infecção.
  • C Acomete, exclusivamente, suídeos domésticos, é causada por um vírus do gênero Pestivirus, da família Picornaviridae, possui um período de incubação que varia de 2 a 14 dias.
  • D A principal porta de entrada de contaminação dos suínos é oronasal, geralmente pela ingestão de água ou alimento contaminado com o vírus. Também pode ocorrer por rota conjuntival, genital ou ferimentos na pele.

A brucelose é uma doença infectocontagiosa de caráter crônico causada por bactérias do gênero Brucella, que acomete diversas espécies de animais e o homem. Sendo uma zoonose de distribuição mundial, acarreta problemas sanitários e prejuízos econômicos importantes. Em relação à brucelose bovina assinale a assertiva incorreta.

  • A É causada pela Brucella abortus, sendo que os bovinos não apresentam suscetibilidade a outras espécies de brucelas. A principal forma de entrada da brucelose em uma propriedade é pela introdução de animais infectados. Quanto maior a frequência de introdução de animais, maior o risco de entrada da doença no rebanho.
  • B A vacina B19 é a recomendada para a vacinação de fêmeas bovinas de 3 a 8 meses de idade, podendo ser substituída pela vacina RB51. A vacina RB51 é elaborada com uma amostra de Brucella abortus rugosa atenuada, por isso não induz à formação de anticorpos anti-LPS liso, não interferindo no diagnóstico sorológico da doença.
  • C A principal fonte de infecção é representada pela vaca prenhe, que elimina grandes quantidades do agente no parto ou aborto e em todo o período puerperal, contaminando as pastagens, a água, os alimentos e os fômites. Essas bactérias podem permanecer viáveis no meio ambiente por longos períodos, dependendo das condições ambientais.
  • D Nos bovinos a principal manifestação clínica é o aborto, que ocorre no terço final de gestação devido ao desenvolvimento de placentite necrótica, sendo comum a retenção de placenta. Com o desenvolvimento de imunidade celular após o primeiro aborto, há uma diminuição de lesões placentárias nas gestações subsequentes.

A influenza aviária, também conhecida como gripe aviária, é uma doença de distribuição mundial, considerada de alto risco para aves quando causada por subtipos de vírus altamente patogênicos, com graves consequências ao comércio internacional de produtos avícolas. Sobre essa enfermidade assinale a alternativa incorreta.

  • A Doença de notificação obrigatória à Organização Mundial de Saúde Animal, a influenza aviária é uma doença viral altamente contagiosa que afeta várias espécies de aves domésticas, silvestres e ocasionalmente, mamíferos como ratos, gatos, cães, cavalos, suínos, bem como o homem.
  • B Os subtipos do vírus Influenza A são identificados com base nas proteínas de superfície, sendo 16 subtipos de hemaglutininas e 9 subtipos de neuraminidases. De acordo com o índice de patogenicidade, são classificados como Influenza Aviária de Alta Patogenicidade ou Influenza Aviária de Baixa Patogenicidade.
  • C No Brasil, todos os tipos de aves contemplados na população-alvo, entre elas aves de produção comercial, subsistência, exposição, ornamentação, companhia e silvestres, fazem parte do sistema de vigilância. Dessa forma os casos confirmados devem ser notificados, imediatamente, ao Serviço Veterinário Oficial e os casos suspeitos e prováveis devem ser submetidos a diagnóstico clínico e laboratorial.
  • D Considera-se que aplicar medidas de biosseguridade nos estabelecimentos avícolas visando limitar a exposição de aves domésticas a aves silvestres, principalmente migratórias e/ou aquáticas, é situação importante para se diminuir o risco de evolução do vírus para formas altamente patogênicas e recombinação com componentes de outros vírus de influenza para formar vírus que podem não apenas infectar seres humanos, como ser transmitidos entre seres humanos.