Questões de Ginecologia e Obstetrícia (Medicina)

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Mariana estava gestante com 34 semanas quando foi diagnostica com Tuberculose. Iniciou o tratamento medicamentoso imediato. Quando completou 39 semanas, entrou em trabalho de parto, dando à luz por parto vaginal.
Sabendo que há três semanas atrás, Mariana tinha realizado exame de escarro com resultado negativo, qual deve ser a orientação em relação ao aleitamento materno?

  • A Não há restrições para o aleitamento materno.
  • B Só pode ser realizado se a mãe estiver utilizando máscara.
  • C Indicado apenas após realização da BCG.
  • D Indicado apenas após o recém-nascido iniciar isoniazida.

Paciente de 25 anos, com atraso menstrual de 2 semanas, chega ao pronto-socorro com queixa de dor súbita e intensa em fossa ilíaca direita, associada a sangramento vaginal discreto. Ao exame, apresenta-se pálida, com frequência cardíaca de 110 bpm e pressão arterial de 90x60 mmHg. O toque vaginal revela dor à mobilização do colo uterino. A principal hipótese diagnóstica a ser considerada como emergência médica é:

  • A Doença inflamatória pélvica (DIP) aguda, justificada pela dor em baixo ventre e ao toque vaginal.
  • B Torção de cisto ovariano, que se manifesta por dor anexial de início súbito e intensa.
  • C Prenhez ectópica rota, devido à associação de dor aguda unilateral, instabilidade hemodinâmica e atraso menstrual.
  • D Ameaça de abortamento, considerando o sangramento vaginal na primeira metade da gestação.

A eficácia dos contraceptivos orais combinados envolve uma rede de mecanismos de ação complementares. Marque a alternativa que contém um desses mecanismos.

  • A Inibição da decidualização e eventual atrofia endometrial.
  • B Estímulo da produção do hormônio luteinizante (LH) pela hipófise.
  • C Estímulo da hormônio folículo-estimulante (FSH) pela hipófise.
  • D Inibição da produção de muco cervical espesso.
  • E Inibição do hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH) pelo hipotálamo.

Uma paciente de 48 anos, com ciclos menstruais previamente regulares, refere quadro de sangramento uterino irregular e aumentado em volume nos últimos 4 meses. A ultrassonografia transvaginal revela um eco endometrial espessado de 14 mm. Considerando a faixa etária da paciente e o achado ultrassonográfico, o passo investigativo mandatório para a exclusão de malignidade é:

  • A Iniciar tratamento empírico com progestágenos de forma cíclica para regularizar o sangramento e reavaliar com nova ultrassonografia em 3 meses.
  • B A realização de uma biópsia endometrial, que pode ser obtida por histeroscopia diagnóstica com biópsia dirigida ou por amostragem ambulatorial.
  • C Solicitar a dosagem sérica do marcador tumoral CA125 para rastreamento de câncer de ovário como principal causa do sangramento.
  • D Realizar uma colpocitologia oncótica (exame de Papanicolau), por ser o principal exame de rastreio para cânceres ginecológicos.

Uma primigesta de termo, com 39 semanas, é admitida na fase ativa do trabalho de parto. Após 4 horas de contrações regulares, o exame cervical revela 5 cm de dilatação. Duas horas depois, um novo exame mostra que a dilatação cervical permanece inalterada em 5 cm, com a apresentação fetal em plano 0 de De Lee e contrações uterinas de frequência e intensidade consideradas subótimas à palpação. A monitorização fetal é tranquilizadora (Categoria I). A conduta mais apropriada neste momento é:

  • A Iniciar a correção da hipoatividade uterina com a infusão de ocitocina intravenosa, seguindo um protocolo de segurança, para otimizar a frequência e a intensidade das contrações.
  • B Indicar imediatamente a realização de uma cesariana por diagnóstico de parada secundária da dilatação, visando o bem-estar fetal.
  • C Realizar uma amniotomia (ruptura artificial das membranas) como medida isolada para tentar acelerar a progressão do trabalho de parto.
  • D Orientar a paciente a deambular por uma hora e reavaliar a dilatação cervical, por se tratar de uma fase latente prolongada.