Questões de Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Indígena (Pedagogia)

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“Ailton Krenak foi eleito para a cadeira 5 da Academia Brasileira de Letras (ABL) nesta quinta-feira (5). O filósofo, professor, escritor, poeta, ambientalista e líder ativista da causa dos povos originários é o primeiro indígena a se juntar à instituição. Membro da Academia Mineira de Letras desde março, ele entra para a vaga deixada por José Murilo de Carvalho, que morreu em agosto. Krenak recebeu 23 votos. Mary Lucy Murray Del Priore teve 12, e Daniel Munduruku, 4.
Autor de diversos livros como "Ideias para adiar o fim do mundo", "A vida não é útil" e "O Amanhã não está à venda", teve obras traduzidas para mais de treze países. Atualmente vive na Reserva Indígena Krenak, em Resplendor (MG). Krenak também é autor de 'Futuro Ancestral', na qual fala que reservar os rios é uma atitude de preservar o futuro. Os rios já estavam aqui antes da gente chegar, então, é por isso que essa visão da natureza, do homem junto da natureza, que estamos reforçando através de um grande escritor e de um grande intelectual indígena."

Disponível em: <https://g1.globo.com/poparte/noticia/2023/10/05/ailton-krenak-e-1o-indigena-eleito-paraa-academia-brasileira-de-letras.ghtml>.


Fundamentados no Art. 26-A da Lei 9.394/96, nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório: 

  • A O estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena.
  • B As contribuições das diferentes culturas e etnias para a formação do povo brasileiro.
  • C O ensino das matrizes indígena, africana e europeia.
  • D A exibição de filmes de produção nacional. 
  • E História e cultura afro-brasileira.

A religiosidade indígena encontrava por vezes resistência à evangelização pelos jesuítas, uma “inconstância na alma”, ora a aceitar entusiasticamente a nova religião, ora a rejeitá-la. Não existia entre eles uma doutrina inimiga, mas exibiam “maus costumes” aos olhos inacianos que deveriam ser combatidos, descritos por Antônio Vieira: “canibalismo e guerra de vingança, bebedeiras, poligamia, nudez, ausência de autoridade centralizada e de implantação territorial estável. Era então necessário um longo e árduo processo de adaptação e reinterpretação de hábitos e costumes cristãos com as culturas indígenas. A missa dominical, a prática de sacramentos do qual o batismo seria o primeiro passo, tudo isso conflitava com os sentimentos de tradições indígenas. A água batismal, por exemplo, era associada à morte, recusada pelos índios.

(Castro, 2002.)

A chegada de cristãos no mundo indígena e africano inseriu-se num processo de dinamismo cultural, de reinterpretação e adaptação. Esta chegada dos elementos europeus no contexto colonial:

  • A Esteve intrinsecamente ligada à questão do apaziguamento e dominação dos indígenas, tanto quanto na tentativa de controle dos africanos.
  • B Fez germinar o barroco oriundo da cultura portuguesa, mas, respaldado pela arte e crença africana caracteristicamente politeísta e mundana.
  • C Revestiu-se da ideia do messianismo, resultado das crenças sebastianistas dos portugueses e da convicção de guardiões da natureza aceita pelos indígenas.
  • D Gerou um sincretismo de inúmeras etnias na colônia, perfazendo finalmente um quadro de tolerância e a homogeneidade do catolicismo brasileiro colonial.

Tanto os objetivos gerais, quanto os objetivos didáticos são instrumentos importantes para a prática pedagógica, uma vez que orientam e dão suporte aos professores para fazerem escolhas em seu trabalho cotidiano na sala de aula (BRASIL, 1998). Considerando o Referencial Curricular Nacional para as escolas indígenas, é correto afirmar que os objetivos auxiliam o professor a selecionar 

  • A conteúdos, a agrupar os estudantes, a usar o tempo e o espaço, a avaliar seu trabalho e o processo de formação de seus alunos.
  • B alunos, a agrupar os conteúdos, a usar o tempo e o espaço, a avaliar seu trabalho e o processo de formação.
  • C alunos, a agrupar as estratégias, a usar o tempo e o espaço, a avaliar seu trabalho e o processo de formação de seus alunos.
  • D espaços físicos, a agrupar os conteúdos, a usar o tempo e o espaço, a avaliar seu trabalho e o processo de formação de seus alunos.

Na organização curricular das escolas indígenas, um dos critérios que deve ser observado é o de adequação das metodologias didáticas e pedagógicas às características dos diferentes sujeitos das aprendizagens, em atenção aos modos próprios de transmissão do saber indígena (BRASIL, 2012). Utilizando como critério a posição que adotam em relação aos condicionantes sociopolíticos da escola defendida por Libâneo (1985), esse modelo de educação escolar se aproxima da tendência pedagógica denominada

  • A pedagogia liberal.
  • B pedagogia renovada progressivista.
  • C pedagogia renovada não diretiva.
  • D pedagogia progressista.

A postura avaliativa e de planejamento didático do professor deve ser constante. Ele deve poder analisar não só a dinâmica do desenvolvimento dos alunos, como o desempenho de cada aluno em particular, com vista a subsidiar o planejamento de suas intervenções. 

BRASIL, Referencial curricular nacional para as escolas indígenas. Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. - Brasília: MEC/SEF, 1998.


São instrumentos de avaliação apresentados no Referencial Curricular Nacional para as escolas indígenas com vista à reformulação do planejamento e estratégias pontuais de trabalho dirigidas a alunos específicos:

  • A prova escrita e avaliação.
  • B observação contínua com registro e avaliação.
  • C produção escrita em grupo e registro.
  • D observação contínua com registro e autoavaliação.