Resumo de Sociologia - Mudança Social

Reconfiguração da ordem vigente em determinada sociedade


A mudança social é um fenômeno que altera as configurações e estruturas estabelecidas dentro de uma determinada sociedade. O conceito é discutido por diferentes autores dentro da Sociologia. Essa ciência também oferece distintas perspectivas acerca das formas como as mudanças podem ou deveriam acontecer, assim como acerca dos fatores ou agentes necessários para motivá-las. 
Quando uma mudança social acontece são alterados símbolos culturais, padrões de comportamento, organizações sociais e até mesmo os sistemas de valores que regulam as relações entre os indivíduos. Contudo, nem sempre a mudança é positiva ou é motivada por elementos que possibilitem a criação de um cenário melhor que o existente anteriormente. 
Continue a leitura do artigo e conheça algumas perspectivas teóricas que tentam explicar os padrões e as causas das mudanças sociais; e alguns exemplos de modificações na estrutura da sociedade que apresentam impactos nos dias atuais. Confira! 

Aspectos gerais sobre a mudança social 


A mudança social é um fenômeno que mobiliza o desenvolvimento das sociedades. Desse modo, os impactos que ela apresenta são duradouros, podendo ser vivenciados pelas gerações que sucedem aquela na qual a mudança ocorreu. Inclusive, conforme a dinâmica e velocidade com que a mudança acontece é possível que seus resultados sejam percebidos apenas no futuro. 
Entre os fatores que possibilitam que a mudança social aconteça estão o desenvolvimento de tecnologias, as guerras, as revoluções, o crescimento populacional e os desastres naturais. Observe que, de acordo com o motivador da mudança, ela poderá ser drástica ou se desenvolver no decorrer de um longo processo. 
Além disso, outro elemento que influência na velocidade da mudança social é o contexto onde ela ocorre. De acordo com os sociólogos, nos ambientes urbanos o ritmo é mais acelerado que nos contextos rurais. Contudo, em todos os casos, a mudança atinge uma coletividade de indivíduos. 
Atualmente, os movimentos sociais são os principais atores das quebras de paradigmas sociais. Um exemplo disso é o feminismo, que ao longo da história encabeçou lutas importantes para garantia do direito ao voto, acesso ao mercado de trabalho, direitos reprodutivos e outras conquistas. 

Perspectivas teóricas sobre a mudança 


Dentro da sociologia existem três modelos teóricos acerca do processo de mudança social. Esses modelos foram construídos como resultado das pesquisas feitas por sociólogos que se dedicaram a identificar quais são os padrões e as causas das mudanças. E estão expressos nas teorias Evolucionista, Funcionalista e do Conflito. 
Teoria Evolucionista 
Essa corrente teórica é o resultado da aplicação de aspectos presentes na teoria da evolução de Charles Darwin na tentativa de entender os contextos sociais. De acordo com essa perspectiva, existem sociedades simples e complexas e as do primeiro tipo estão em um processo gradual de evolução. 
Os sociólogos contemporâneos filiados a esse modelo teórico defendem a existência de diversas formas de desenvolvimento da mudança social. Sendo assim, eles admitem as possibilidades de diferentes chances de evolução. Esse pensamento é descrito como teoria evolucionista multilinear
Teoria Funcionalista 
Segundo essa teoria, as diferentes sociedades são parte de um mesmo sistema dentro do qual cada uma exerce uma função específica. Desse modo, as mudanças sociais que ocorrem em uma dessas partes tendem a influenciar a produção de mudanças nas demais. Isso aconteceria para que fosse mantido o equilíbrio no todo, sistema maior em que elas estão inseridas. 
A explicação para a mudança social dada pelo funcionalismo é baseada na teoria do equilíbrio, segundo a qual as mudanças são processos naturais de busca da homeostase. Por conta disso, a teoria funcionalista afirma que as mudanças drásticas e repentinas são ruins para as sociedades, já que desencadeariam na quebra do equilíbrio. 
Teoria do Conflito 
Essa teoria evidencia as diferenças de poder entre os diferentes grupos existentes na sociedade, como o gerador de tensão na estrutura social. Ao passo que os mais ricos atuam em função da manutenção do , os mais pobres precisam que essa estrutura seja quebrada para que possam ter melhores condições de vida, através da superação das desigualdades
Nesse contexto, a luta de classes é essencial para promoção da mudança social. Essa perspectiva trazida pelo marxismo se contrapõe ao que é defendido pela teoria funcionalista acerca do ritmo das mudanças. Segundo Marx, elas só acontecem se houver uma atitude proativa por parte dos oprimidos na tomada do poder. Ao invés da estabilidade do funcionalismo, ele aponta o conflito como motivador. 

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