Propôs a existência de um núcleo e elétrons orbitando em sua volta
O modelo atômico de Bohr, proposto em 1913 por Niels Bohr, apresenta os elétrons distribuídos em camadas ao redor de um núcleo. Semelhante à órbita de um planeta, mostra que os elétrons movem-se em sentidos circulares, mas que as órbitas possuem energias definidas.
Também conhecido como átomo de Rutherford-Bord, pois foi um aperfeiçoamento dos trabalhos do cientista Ernest Rutherford, explica que à medida que as camadas se afastam do núcleo, maior é a energia dos elétrons. A capacidade de absorção energética ainda possibilita o salto para um nível mais afastado do núcleo (estado ativo ou excitado) e a emissão de radiação quando retornam ao seu estado fundamental (estável e de menor energia).
Como foi desenvolvido o modelo atômico de Bohr?
Para dar continuidade ao modelo atômico de Rutherford, experimento que, dentre outras definições, chegou a conclusão que no átomo há espaços vazios e partes compostas por partículas pequenas – futuramente conhecidas como prótons (carga positiva) e elétrons (carga negativa) –, Bohr passou a observar o funcionamento do átomo de hidrogênio, que possui 1 elétron na camada de valência.
Antes disso, o especialista em física atômica já tinha percebido que um gás consegue emitir luz no momento que a corrente elétrica passava por ele. Esse descoberta viria a esclarecer que os elétrons podem absorver energia elétrica e depois liberá-la na forma de luz.
A partir dessa visão, o modelo atômico de Bohr foi embasado pela dedução de que o átomo tem uma quantidade de energia disponível para cada uma das suas órbitas. É justamente por isso que, quando recebe energia vinda de uma descarga elétrica, algumas das suas partículas passam para uma camada de energia ainda maior, isto é, uma área mais distante do núcleo. Já quando o efeito é o contrário, ou seja, retornam ao estado fundamental, liberam a energia excedente, o que resulta na emissão de luz.
Postulados
Durante a conclusão dos experimentos, o modelo atômico de Bohr trouxe as seguintes premissas:
- Princípio da quantização da energia atômica, ou seja, os elétrons circulam em órbitas que correspondem à sua quantidade de energia. Sendo assim, não há a possibilidade de orbitar entre dois níveis com intensidades parecidas.
- Cada elétron move-se em uma órbita, chamada de estado estacionário. Ao absorver energia, salta para um nível mais energético. Já ao retornar a posição original, libera a mesma quantidade adquirida na passagem. Esse processo ocorre na forma de luz.
- Existem apenas 7 níveis de energia ou camadas eletrônicas, que são representados pelas letras K (1º), L (2º), M (3º), N (4º), O (5º), P (6º) e Q (7º). Quando mais longe do núcleo, maior é a energia dos elétrons localizados.
Apesar da grande contribuição para os estudos sobre a composição e organização dos átomos, que levou a premiação do Nobel de Física em 1922, o modelo atômico de Bohr não consegue explicar o que acontece com os elementos mais complexos. Foi a partir da década de 1920 que os teóricos em Física Quântica, especialmente Erwin Schrödinger, Louis de Broglie e Werner Heisenberg, complementaram as pesquisas ao revelar as outras partículas que compõem a estrutura atômica.
Outros modelos atômicos
Além do modelo atômico de Bohr, diversos cientistas trouxeram contribuições que foram aceitas e são estudadas pela Química nos dias atuais. Em relação a estrutura e formação dos átomos, as principais teorias foram:
Modelo atômico de Dalton – Conhecido como bola de bilhar, já considerava a ideia de que o átomo é a menor parte de uma matéria e não pode ser subdivido.
Modelo atômico de Thomson – O primeiro a falar da possibilidade de divisão atômica. Chamado de pudim de passas, também o descrevia como esferas compostas por cargas positivas e elétrons presentes em todas as partes.
Modelo atômico de Rutherford – Baseando-se no sistema planetário, chegou a constatação de que o átomo não é maciço, sua massa encontra-se em maior proporção no centro e possui um grande espaço vazio.