A história da tabela periódica tem início no século XIX, quando químicos e cientistas precisaram ordenar os elementos químicos de uma forma sistemática. Essa necessidade também existiu na Grécia Antiga.
Quando fala-se na tabela periódica Dmitri Mendeleev é quem leva os créditos pela invenção, mas existiram outros pesquisadores, químicos, cientistas e alquimistas que debruçaram-se em analisar os elementos químicos e organizá-los.
Assim, a história da tabela periódica é contada levando em consideração anos de pesquisas e estudos de diversas pessoas.
Cronologia da história da tabela periódica
A história da tabela periódica está relacionada à descoberta dos elementos químicos. Na Antiguidade, filósofos gregos formularam teorias para explicar que a matéria era formada a partir de quatro elementos que poderiam ser transformados um no outro. O filósofo Empédocles postulou a existência da água, do fogo, da terra e do ar.
Por volta de 1669, o alquimista Hennig Brand descobriu o fósforo quando aqueceu resíduos da urina fervida e um líquido caiu explodindo em chamas.
Em 1789, Antoine Lavoisier organizou uma lista com 33 elementos divididos em conjuntos de substâncias simples, metálicas, não-metálicas e terrosas. No entanto, ainda faltava estabelecer uma propriedade que os diferenciasse.
Foi Johann W. Döbereiner quem observou que existia uma ordem para organizar os elementos químicos. No início do século XIX havia sido estabelecido alguns valores aproximados de massa atômica para determinados elementos. Assim, Döbereiner organizou grupos de três elementos com propriedades semelhantes.
Até meados de 1809, cerca de 47 elementos químicos foram descobertos e os cientistas começaram a perceber padrões nas características.
Com a descoberta de novos elementos surgiu a necessidade de organizá-los. A partir dessas teorias, Antoine Lavoisier criou uma lista com os elementos químicos conhecidos na época.
Então, Johann Wolfgang Döbereiner criou um grupo de três elementos com propriedades similares, o que ficou conhecido por tríades de Döbereiner. Esse modelo serviu de inspiração para que cientistas seguissem com o esquema de classificação.
O primeiro modelo a contemplar todos os elementos químicos de forma organizada foi o parafuso telúrico de Chancourtois, mas não teve aceitação científica, assim como as tabelas de Newlands e Odling, que também foram recusadas.
Em 1869, o químico russo Dimitri Mendeleev iniciou o desenvolvimento da tabela periódica, organizando elementos químicos por massa atômica. Ele previu a descoberta de outros elementos e deixou espaços abertos em sua tabela periódica para eles.
A previsão de Mendeleev possibilitou que, em 1894, Sir William Ramsay e Lord Rayleigh incluíssem na tabela os novos elementos descobertos: os gases nobres.
Por isso, considera-se que o primeiro modelo aceito foi elaborado por Dmitri Mendeleev, em 1869, que conseguiu explicar, em uma tabela, as propriedades dos elementos. Esta versão foi aprimorada para contemplar os elementos que vieram a ser descobertos até ficar na forma como é conhecida atualmente.
A tabela periódica é um dos elementos fundamentais para a Química, pois nela é possível encontrar os elementos organizados, de forma sistemática, com representações dos números atômicos, com as configurações eletrônicas e propriedades de cada elemento.
A tabela periódica
Em 2019, a tabela periódica completa 150 anos e, para celebrar, a Organização das Nações Unidas (ONU) proclamou este período como o Ano Internacional da Tabela Periódica.
A tabela periódica reúne 118 elementos químicos distribuídos em períodos e famílias. Esses elementos encontram-se dispostos em sete linhas horizontais em ordem crescente de número atômico e em 18 linhas verticais com propriedades químicas semelhantes. As linhas da tabela são chamadas de períodos e, as colunas, grupos ou famílias.
Cada elemento químico representado na tabela periódica é identificado por símbolo, nome, número atômico e massa atômica.
A tabela é uma ferramenta de consulta que possibilita ver as relações entre as propriedades dos elementos químicos. Ela é utilizada além da Química, servindo, também, para apoio à Ciência.
A representação como é encontrada atualmente é uma evolução da versão de Charles Janet, publicada em 1928. Essa tabela foi modificada por motivos estéticos, já que não conseguia mostrar todos os elementos em uma mesma página.
Assim, para conseguir mostrar todos os elementos, na versão atual os metais alcalinos e os metais alcalinoterrosos foram deslocados da direita para a esquerda.