Resumo de Química - Argônio

Argônio, também chamado de árgon, árgão ou argão, é um dos gases nobres mais abundantes do Planeta Terra, sendo que 0,93% do volume do ar que respiramos é formando por ele, pois a maior quantidade do gás se encontra na mistura gasosa do ar atmosférico.

Argônio é um elemento químico de símbolo Ar, número atômico 18 (18 prótons e 18 elétrons) e de massa atômica 40u, pertencente ao grupo 18 (VIIIA) da tabela periódica.

Argônio vem do grego, em que –a significa negação e –érgon quer dizer trabalho, ação. Ou seja, é um elemento que não trabalha, não reage, é inerte.

Principais características do argônio

Argônio é o terceiro elemento da família dos gases nobres e não é tóxico. Em temperatura ambiente, é encontrado no estado gasoso. Ponto de fusão -189,34ºC, ponto de ebulição -185,84ºC.

O gás tem o número de oxidação 0, mas em condições controladas com fotólise reage com o flúor, gerando o fluoreto de argônio que foi descoberto, em 2003, pelo químico sueco Helmut Durrenmatt.

Sua solubilidade em água é 2,5 vezes maior que a do nitrogênio e do oxigênio. E tanto no estado líquido quanto gasoso é um gás monoatômico inerte, inodoro, incolor e insípido.

Em condições naturais, a produção do gás argônio é por meio do isótopo 40K (potássio), que se desprende de forma lenta e vai para a atmosfera. Como gás industrial, é obtido por meio do processo de liquefação e da destilação fracionada do ar líquido.

Para que seja transportado, ele é colocado em caminhões sob refrigeração próximas ao zero absoluto.

A datação potássio-argônio é processo utilizado pela transmutação do isótopo 40K para o argônio a fim de estipular a idade da Terra. Assim como na datação de objetos, que estima a idade de mais de um milhão de anos.

Aplicações do Argônio

É um gás usado em enchimento de lâmpadas incandescentes, pois ele não reage com o material do filamento, independente dos níveis altos da temperatura e pressão. E isto possibilita a longevidade da vida útil da lâmpada.

Nas lâmpadas fluorescentes, ele substitui o gás nobre neon quando se quer uma coloração verde azulada ao invés do roxo do neon. Também substitui o nitrogênio molecular (N2), mas para isso ele não pode se comportar como gás inerte por causa das condições de operação.

Quando se trata da indústria e do ambiente científico, o argônio é utilizado na recriação de atmosferas não reagentes (inertes) com o intuito de evitar reações químicas indesejadas nos tipos de operações como:
• Soldagem em arco elétrico;
• Fabricação de titânio e outros elementos químicos reativos;
• Fabricação de monocristais — partes cilíndricas compostas por uma estrutura cristalina contínua de silício e germânio para componentes semicondutores;
• Fabricação de extintores para produtos que têm facilidade de danificação, como os museus, coleções fotográficas e ambientes de equipamentos micro controlados.

Em relação a inércia do gás, ele é útil em:
• Lâmpadas e demais equipamentos de iluminação;
• Alguns tipos de janelas de paredes duplas;
• Soldagens nas quais é necessário um gás inerte;
• Como ‘cobertor’ na produção de alguns tipos de metais;
• Em atmosfera inerte na produção de alguns tipos de cristais.

Outras utilizações

Aplicado em peças de museus e coleções fotográficas , o gás serve para melhorar a conservação desses objetos, pois evita que o material sofra corrosão.

Devido à ação anticorrosiva, é aplicado também na fabricação de lâmpadas incandescente para evitar a corrosão do filamento de tungstênio.

Na medicina, é aplicado em forma de laser na odontologia e em cirurgias oftalmológicas, servindo para diagnóstico e tratamento de doenças. Usado pela primeira em um tratamento da retinopatia, em 1968, o laser de árgon foi realizado por Francis L’Esperance.

Além disso, o gás também é empregado para inflar airbags de automóveis, como isolante, que preenche os vazios entre vidros duplos e triplos em virtude de sua baixa condutividade térmica e na produção de soldas como atmosfera protetora e inerte.

Especificamente, o argon-39 é empregado na datação de núcleos de gelo e águas subterrâneas.

História

No ano de 1785, Henry Cavendish ao analisar a composição do ar, percebeu a existência de um gás mais pesado na composição do ar atmosférico, cujas propriedades eram bem parecidas com a do nitrogênio.

No entanto, esse gás apresentava uma densidade maior e não fazia reação química. E então, Cavendish suspeitou que se tratava de um novo elemento.

Mesmo sendo descoberto por Henry Cavendish, o crédito da descoberta do argônio foi dado aos ingleses William Ramsay e Lord Rayleigh.

William Ramsay e Lord Rayleigh, no ano de 1894, conseguiram isolar o gás argônio através da destilação do ar líquido, e por ser um gás inerte e mais denso que o nitrogênio, foi dado esse nome que deriva do grego “argos”, que quer dizer preguiçoso.

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