Questão 13 Comentada - Prefeitura de Pombal-2 - Assistente Social - CPCON (2025)

Sobre as diferentes concepções e formas de enfrentamento da “questão social” e da pobreza no liberalismo clássico, no regime de acumulação fordista/keynesiano e no neoliberalismo, marque a alternativa CORRETA.

  • A A estratégia do regime de acumulação fordista/keynesiano orientou-se fundamentalmente em uma tripla ação frente à “questão social”: por um lado, por uma ação estatal, cujas políticas sociais do Estado foram destinadas para a população mais pobre, com ações focalizadas e regionalizadas. Por outro lado, por uma ação mercantil, desenvolvida pela empresa capitalista, tornando os serviços sociais mercadorias lucrativas, e, por último, por uma ação do dito “terceiro setor”, ou da chamada sociedade civil organizada, desenvolvendo ações de intervenção filantrópica.
  • B No liberalismo clássico, surgem as bases para o desenvolvimento de concepções, como a “cultura da pobreza”, na qual a pobreza e as condições de vida do pobre são tidas como produto e responsabilidade dos limites culturais de cada indivíduo. Nesta concepção típica da Europa nos séculos XVI a XIX, o enfrentamento da “cultura da pobreza” desenvolveu‐se fundamentalmente a partir da organização de ações pelo Estado.
  • C No regime de acumulação fordista/keynesiano, a compreensão da gênese da “questão social” foi deslocada da esfera política, como uma questão entre cidadãos carentes e o Estado, cujo tratamento se determinava como um processo de redistribuição, e passou a sua gênese no fordismo a ser concebida na esfera econômica, no espaço da produção, resultante da contradição entre capital e trabalho, questionando, assim, os fundamentos da ordem.
  • D A atual programática neoliberal de enfrentamento da “questão social” se estabelece com a manutenção máxima estatal na área social, através de programas de combate à fome e à miséria, financiados pelos fundos públicos, de caráter universal e regionalizados.
  • E No liberalismo clássico, a “questão social” não é tida como resultado da exploração econômica, mas como fenômeno autônomo e de responsabilidade individual ou coletiva dos setores por ela atingidos. A “questão social”, portanto, passa a ser concebida como “questões” isoladas, e ainda como fenômenos naturais ou produzidos pelo comportamento dos sujeitos que os padecem.