A concepção de ensino proposta por Vygotsky defende que a introdução de novos conceitos na escola não depende da presença de certas capacidades intelectuais previamente desenvolvidas nos alunos. Para ele, embora exista um limiar mínimo necessário para que determinado aprendizado possa começar, também é preciso considerar um limiar superior, que indica o potencial de desenvolvimento dos alunos. A ideia de "prontidão para a alfabetização" serve como exemplo para ilustrar essa crítica de Vygotsky, ao valorizar o papel das interações em sala de aula como propulsoras de avanços contínuos no aprendizado. Com essa ideia, Vygotsky amplia:
- A a noção de desenvolvimento, considerando que as interações sociais estão na origem de todas as funções psicológicas superiores, reconhecendo o ambiente coletivo como fundamental no aprendizado.
- B a ideia de que as habilidades linguísticas são os únicos elementos necessários para o avanço acadêmico, com foco especial no domínio da fala e da escrita como pré-requisitos essenciais.
- C a importância da aquisição de conhecimentos pré-existentes, que considera o desenvolvimento como resultado direto de habilidades herdadas e capacidades inatas, sem a interferência do meio social.
- D a concepção de maturidade intelectual, destacando que o desenvolvimento cognitivo ocorre de forma autônoma e independente das influências externas, sendo guiado pela capacidade individual de cada aluno.