Eliane Brum, jornalista e escritora, fez uma série de crônicas-reportagens sobre personagens das ruas de Porto Alegre. Mais tarde, os textos foram publicados em livro que recebeu o prêmio Jabuti de 2007: A vida que ninguém vê.
O texto 1 é fragmento de uma dessas crônicas-reportagens e pode ser considerado literário porque
- A está escrito em prosa: “O mundo é salvo todos os dias por pequenos gestos. Diminutos, invisíveis.” (linhas 1-2)
- B apresenta recursos poéticos, como metáforas inovadoras: “...uns olhos de vira-lata pidão...” (linhas 28-29) e “um escombro”. (linha 37)
- C revela-se totalmente ficcional: “Esta é a história do olhar de uma professora chamada Eliane Vanti e de um andarilho chamado Israel Pires.” (linhas 11-13)
- D predomina nele a função conativa da linguagem: “Eliane viu Israel. E Israel se viu refletido no olhar de Eliane.” (linhas 31-32)