Questão 4 Comentada - Prefeitura Municipal de Araçatuba - Guarda Municipal - VUNESP (2018)

Michael em fúria


      Michael, um furacão de força 4, chegou em fúria à costa da Flórida, nos Estados Unidos, com ventos de mais de 200 km/h. Foi o segundo da temporada; em setembro, o ciclone Florence já havia inundado cidades na Carolina do Norte e estados vizinhos.

      Na mesma semana, veio a luz um novo e sombrio relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC, na sigla em inglês). O estudo, elaborado por dezenas de cientistas de vários países, foi apresentado na Coreia do Sul.

      Trata-se de um relatório especial, diferente das abrangentes publicações sobre trajetórias da mudança do clima que o IPCC compila a intervalos de cinco ou seis anos. No caso, o objetivo era avaliar as diferenças entre um aquecimento na atmosfera de 1,5 ºC e outro de 2 ºC.

      Os dois limiares figuram no Acordo de Paris (2015), que lista o segundo como meta a não ser ultrapassada, pois os climatologistas predizem que os impactos seriam excessivos e talvez incontroláveis.

      A barreira de 1,5 ºC, por sua vez, aparece no tratado como algo preferível do ponto de vista dos riscos e custos a serem enfrentados por sociedades e governos.

      O novo documento indica que esse limiar de prudência está para ser ultrapassado logo, possivelmente ainda em 2030, e com certeza até os anos 2050.

      Restariam, assim, poucas décadas para zerar as emissões de gases do efeito estufa no planeta, o que exigiria uma revolução nos setores de energia e transportes. Mais provável, a julgar pela persistente trajetória atual, é transpor-se a marca dos 2 ºC.

(Folha de S.Paulo. 16.10.2018. Adaptado)



As informações do texto permitem afirmar que o aquecimento da atmosfera em

  • A 1,5 ºC é esperado para 2030, mas não passará disso em 2050.
  • B 2 ºC será ultrapassado, mantida a trajetória climática atual.
  • C 1,5 ºC ou 2 ºC terá pouco impacto no clima da Terra.
  • D 2 ºC é uma meta do Acordo de Paris, já atingida em 2015.
  • E 1,5 ºC é mais perigoso para o planeta do que o de 2 ºC.