Questões comentadas de Concursos da Prefeitura Municipal de Teresina

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Quanto à organização, à finalidade e ao conteúdo do texto, assinale a opção CORRETA.

  • A O texto é literário, emprega diferentes figuras de linguagem, com valor argumentativo, como uma ferramenta para defender mais fortemente as ideias apresentadas.
  • B O texto é panfletário, faz apologia a uma concepção de maneira enfática, usa citações que dão credibilidade e visa à modificação da opinião de seu interlocutor.
  • C É um texto injuntivo, o que se mostra pela presença de recursos linguísticos que marcam o imperativo, a fim de convencer o leitor sobre a ideia defendida.
  • D É um texto informativo, apresentando, por meio de linguagem clara e objetiva, dados relacionados ao ponto de vista defendido.
  • E O texto é argumentativo, apresenta estratégias linguístico-discursivas visando à adesão do interlocutor à tese defendida.

A crônica lida classifica-se como

  • A reflexiva.
  • B narrativa.
  • C descritiva.
  • D ensaística.
  • E humorística.
TEXTO 2
Vista cansada
[...] Se eu morrer, morre comigo um certo modo de ver, disse o poeta. Um poeta é só isto: um certo modo de ver. [...]. Experimente ver pela primeira vez o que você vê todo dia, sem ver. Parece fácil, mas não é. O que nos cerca, o que nos é familiar, já não desperta curiosidade. O campo visual da nossa rotina é como um vazio. Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta. Se alguém lhe perguntar o que é que você vê no seu caminho, você não sabe. De tanto ver, você não vê. Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo mesmo hall do prédio do seu escritório. Lá estava sempre, pontualíssimo, o mesmo porteiro. Dava-lhe bom dia e às vezes lhe passava um recado ou uma correspondência. Um dia o porteiro cometeu a descortesia de falecer. Como era ele? Sua cara? Sua voz? Como se vestia? Não fazia a mínima ideia. Em 32 anos, nunca o viu. Para ser notado, o porteiro teve que morrer. Se um dia no seu lugar estivesse uma girafa, cumprindo o rito, pode ser também que ninguém desse por sua ausência. O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem. Mas há sempre o que ver. Gente, coisas, bichos. E vemos? Não, não vemos. Uma criança vê o que o adulto não vê. Tem olhos atentos e limpos para o espetáculo do mundo. O poeta é capaz de ver pela primeira vez o que, de fato, ninguém vê. Há pai que nunca viu o próprio filho. Marido que nunca viu a própria mulher, isso existe às pampas. Nossos olhos se gastam no dia a dia, opacos. É por aí que se instala no coração o monstro da indiferença. Adaptação do texto de Otto Lara Resende. “Folha de S. Paulo”, edição de 23/02/1992.


Na crônica “Vista cansada” (Texto 2), o autor afirma que “O poeta é capaz de ver pela primeira vez o que, de fato, ninguém vê.” Identifique os versos que confirmam essa afirmação.
  • A Amo os restos / como as boas moscas.
  • B Não gosto das palavras / fatigadas de informar.
  • C Eu fui aparelhado / para gostar de passarinhos.
  • D Queria que a minha voz tivesse um formato / de canto.
  • E Dou respeito às coisas desimportantes / e aos seres desimportantes.

No verso “Sou um apanhador de desperdícios”, o sufixo dor acrescenta ao vocábulo a ideia de

  • A ação.
  • B estado.
  • C agente.
  • D qualidade.
  • E semelhança.

Outra adaptação possível, exemplifica ele, seria quando "um valor político" fosse consistentemente apresentado no perfil do usuário o Facebook sugerir algo como "você gostaria de ler sobre uma visão diferente?".


Se o período for reescrito trocando-se “seria” (futuro do pretérito) por “será” (futuro do presente) a forma verbal “fosse” assumirá, por correlação de modos e tempos, a flexão

  • A era (pretérito imperfeito do indicativo).
  • B foi (pretérito perfeito do indicativo).
  • C seja (presente do subjuntivo).
  • D é (presente do indicativo).
  • E for (futuro do subjuntivo).