O gênero crônica, em virtude de seu estilo de escrita aproximar-se da linguagem do cotidiano, tem a liberdade de usar de termo mais coloquiais e que muitas vezes fogem das regras da gramática da língua portuguesa. Observe o trecho abaixo retirado do texto de Stanislaw Ponte Preta e assinale a alternativa que justifique de forma equivocada os desvios cometidos pelo autor:
[...] quando o sujeito intrometido chegou e perguntou o que é que o menininho ia fazer com aquela areia. O menininho fungou, o que é muito natural, pois todo menininho que vai na praia funga, e explicou pro cara que ia jogar a areia num casal que estava numa barraca lá adiante.
Alternativas:
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A A vírgula após “fungou” é desnecessária, pois a oração se encontra na ordem direta.
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B A regência do verbo “Ir” pede a preposição “a”, portanto o correto seria a construção “vai à praia” e não “vai na praia”, como disposto no trecho acima.
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C A contração “pro”, apesar de comumente utilizada, não é aceita pela norma culta, sendo aceitável a forma “para o”.
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D A Locução “ia jogar” não é adequada ao contexto, pois a forma verbal “ia” denota tempo passado, e a ação do menino encontra-se no futuro, portanto o adequado é “iria jogar”.
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E Em “o que é que o menininho ia fazer com aquela areia” a segunda ocorrência da partícula “que” é redundante, sendo mais coerente a sua retirada, resultando em “o que o menino ia fazer com aquela areia”.