Questões comentadas de Concursos para Monitor de Creche

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As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (DCNEI) e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) estabelecem marcos conceituais fundamentais para a atuação do monitor de creche, especialmente no que tange à integração entre o cuidar e o educar.

Considerando essa integração e a concepção de criança como sujeito de direitos, assinale a afirmação que melhor sintetiza a natureza da ação pedagógica na Educação Infantil, sob a perspectiva dos documentos oficiais vigentes no Brasil.

  • A A ação pedagógica consiste na aplicação de metodologias que priorizam o desenvolvimento cognitivo e a prontidão para o Ensino Fundamental, com o cuidado instrumentalizado para assegurar as condições físicas para a aprendizagem formal da criança.
  • B A ação pedagógica se configura como a garantia indissociável de práticas de cuidado e de processos educativos que, articulados por meio das interações e da brincadeira, asseguram a efetivação dos Direitos de Aprendizagem e Desenvolvimento em sua totalidade, respeitando a singularidade e a autoria infantil.
  • C A ação pedagógica visa à socialização e à adaptação da criança às normas institucionais, com o cuidado sendo um suporte para a disciplina, e a aprendizagem concebida como a assimilação de conteúdos pré-determinados pelo educador.
  • D A ação pedagógica se restringe à mediação de atividades lúdicas e recreativas, enquanto o cuidado é entendido como uma responsabilidade primária da família, com o papel da creche focado em prover um ambiente seguro e higiênico.

No momento de descanso após o almoço, uma criança de quatro anos apresenta resistência ao repouso. O monitor nota que a criança está inquieta, expressa desejo de continuar brincando e demonstra incômodo com o ambiente escurecido. Diante desse contexto, a atitude mais coerente do profissional, à luz dos princípios de cuidado integral, é:

  • A Reforçar a rotina com firmeza, utilizando estratégias como o silêncio absoluto e o escurecimento total do ambiente, garantindo que todas as crianças durmam ao mesmo tempo, mesmo que haja resistência.
  • B Redirecionar a criança para outra atividade pedagógica silenciosa, evitando interferência na rotina coletiva, ainda que essa prática interrompa o momento de repouso.
  • C Aplicar regras padronizadas de horário e conduta durante o repouso, com ênfase na obediência ao planejamento, visto que a adaptação individual pode comprometer a disciplina do grupo.
  • D Reconhecer que o sono, embora necessário, deve ser conduzido com flexibilidade e sensibilidade, respeitando os sinais individuais da criança e promovendo um ambiente acolhedor que favoreça o relaxamento sem imposições.

Na cidade de Florianópolis, capital do Estado de Santa Catarina, é possível constatar uma forte influência portuguesa, observada, entre outros, na economia, na arquitetura e no modo de falar do florianopolitano. Tendo sido tomada por espanhóis, a ilha só foi entregue novamente aos portugueses após a formalização de um acordo, chamado de:

  • A Tratado de Santo Ildefonso.
  • B Tratado de Nanquim.
  • C Tratado de Tordesilhas.
  • D Tratado de Petrópolis.

Na creche-escola, a monitora Carolina propõe uma atividade com elementos naturais do pátio para crianças de 4 anos. Durante a experiência, um grupo cria "lama mágica" e outro deseja construir uma "casinha de pedras". Atenta à indissociabilidade entre cuidar e educar, ela busca intervir de forma estratégica para garantir os direitos de aprendizagem, promovendo autoria e autonomia.

Com base na BNCC e nas DCNEI, qual ação pedagógica mais complexa e eficaz Carolina deve adotar para valorizar as diferentes propostas das crianças?

  • A Observar passivamente a evolução das brincadeiras, intervindo apenas se houver conflito explícito ou risco físico, pois acredita que a livre exploração e a auto-organização do grupo infantil são os principais catalisadores do desenvolvimento integral.
  • B Propor que um grupo continue com a "lama mágica" e o outro com as "pedras", estabelecendo limites claros de tempo e espaço para cada atividade, a fim de garantir a autonomia das escolhas individuais e evitar conflitos desnecessários entre os grupos.
  • C Promover a integração das propostas das crianças, mediando um diálogo entre os grupos para negociarem e explorarem como a "lama mágica" e as "pedras" podem ser articuladas em um projeto comum, documentando o processo e os dilemas como parte da aprendizagem sobre colaboração e respeito à diversidade de ideias.
  • D Direcionar as crianças para uma única atividade, como a criação da "lama mágica", por considerar que a exploração tátil é mais adequada para a faixa etária e oferece menor risco de dispersão do grupo, otimizando o desenvolvimento sensorial e a coesão grupal.

Em uma creche com crianças de 0 a 3 anos, durante a refeição, uma criança de 2 anos começa a engasgar de forma grave: leva as mãos à garganta, não chora, não tosse e apresenta coloração azulada no rosto. A situação exige ação imediata e precisa por parte da equipe, com base em noções de primeiros socorros.

Considerando os procedimentos recomendados em casos de engasgo infantil, qual a sequência de condutas seguras e eficazes a serem aplicada?

  • A Tentar retirar o alimento com o dedo (se visível), virar a criança de cabeça para baixo e aplicar batidas nas costas, acionando os pais para levarem ao pronto-socorro.
  • B Iniciar manobra de desobstrução (Heimlich adaptada), pedir a um colega que acione emergência e a coordenação, e, se houver perda de consciência, iniciar compressões/ventilações.
  • C Iniciar manobra de desobstrução focando unicamente na criança, sem acionar outros profissionais ou emergência até a respiração normalizada.
  • D Observar por segundos se a criança consegue tossir ou respirar e só então chamar a coordenação para decidir sobre acionar o serviço de emergência.