Questões de Farmacologia do Sistema Nervoso Central e Periférico (Farmácia) Página 19

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A dispensação de medicamentos à base de substâncias entorpecentes, psicotrópicas, retinoicas para uso sistêmico e imunossupressoras, anabolizantes, substâncias precursoras de entorpecentes ou psicotrópicos e outras sujeitas a controle especial, previstas na Portaria nº 344/1998 e suas atualizações, obedece a regras específicas. Os medicamentos à base de Cannabis, regularizados de acordo com a RDC Anvisa nº 327, de 09/12/2019, estão sujeitos ao controle especial constante previsto na:

  • A lista A1 e A2 – substâncias entorpecentes e permitidas em concentrações especiais;
  • B lista B2 e C1 – substâncias psicotrópicas anorexígenas e outras substâncias sujeitas a controle especial;
  • C lista C2 e C5 – substâncias retinoicas e anabolizantes;
  • D lista A3 e B1 – substâncias psicotrópicas;
  • E lista D2 e E – substâncias para fabricação e síntese de psicotrópicos e plantas proscritas.

Os antidepressivos são comumente prescritos com outros fármacos psicotrópicos e não psicotrópicos. Existe o potencial de interações medicamentosas com todos os antidepressivos, porém as mais graves envolvem os IMAOs e, em menor grau, os ADTs (Katzung & Todd, 2023). Em relação a algumas interações antidepressivos-CYP, assinale a alternativa CORRETA que corresponde a um indutor ligado a enzima 2D6.

  • A Carbamazepina.
  • B Modafinila.
  • C Omeprazol.
  • D Fenobarbital.

A afinidade que um fármaco apresenta pelo seu receptor não o define como agonista ou antagonista. Já a eficácia só acontece com os agonistas. Um benzodiazepínico, ao aumentar a afinidade do receptor GABA-A pelo ligante endógeno GABA de forma não competitiva, e, assim, permitir maior influxo de íon cloreto para a célula, atua como agonista:

  • A ortostérico;
  • B inverso;
  • C alostérico;
  • D pleno;
  • E parcial.

Os anestésicos locais pertencem a duas famílias químicas: éster e amida. Os ésteres são hidrolisados por esterases presentes no plasma e no fígado, enquanto os de amida são degradados pelas CYPs hepáticas. Sabe-se que a metabolização de fármacos pode produzir metabólitos inativos, ativos ou tóxicos. No caso específico do anestésico prilocaína, da família amida, a toxicidade por metemoglobinemia surge em consequência do metabólito:

  • A para-aminobenzoico;
  • B glicina-xilidida;
  • C metilecgonina;
  • D orto-toluidina;
  • E pipecolilxilidina.

A doença de Parkinson (DP) é uma doença neurodegenerativa progressiva do movimento, caracterizada por bradicinesia, rigidez muscular e tremor. O seu desenvolvimento espontâneo se deve a fatores que influenciam respostas neuroquímicas como por exemplo, estresse oxidativo, hiperatividade colinérgica e perda de neurônios dopaminérgicos (RANG & DALE, 2020). Baseado no contexto, bioquímico e fisiológico que envolvem a DP a clorpromazina não é um agente terapêutico direcionado para os sintomas da doença porque: 

  • A A clorpromazina é um antagonista do receptor de dopamina, que é utilizada no tratamento da esquizofrenia.
  • B A clorpromazina é um inibidor seletivo da monoamina oxidase (MAO)-B, que diminui a degradação extra neuronal da dopamina.
  • C A clorpromazina é um inibidor da catecol-O-metiltransferase (COMT), o que reduz o metabolismo da dopamina.
  • D A clorpromazina é um agonista seletivo do receptor D2/3, que apresenta efeitos pós-sinápticos diretos.