Questões de Estatuto das Cidades (Arquitetura)

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A Lei 10257/2001 - Estatuto da Cidade estabelece normas de ordem pública e interesse social que regulam o uso da propriedade urbana. Em relação as suas diretrizes, analise as afirmativas abaixo.

I. Direito a infraestrutura urbana;
II. Promoção de abrigo, descanso e acessibilidade;
III. Padrões de produção e consumo de bens, serviços e de expansão urbana compatíveis com a sustentabilidade ambiental;
IV. Isenção de normas especiais para regularização fundiária e urbanização de áreas ocupadas por população de baixa renda.

Está(ão) correta(s), apenas:

  • A a afirmativa IV.
  • B as afirmativas I, III e IV.
  • C as afirmativas I, II e IV.
  • D as afirmativas I, II e III.
  • E as afirmativas II e III.

Em uma área urbana onde a Taxa de Ocupação (TO) permitida é de 70% e a Taxa de Permeabilidade (TP) é de 30%, um lote de 400 m² é utilizado da seguinte forma:

• A área construída ocupa 250 m².
• O restante do terreno é destinado ao jardim e caminhos permeáveis.

Qual das alternativas a seguir está CORRETA em relação ao cumprimento das normas urbanísticas?

  • A A área construída representa 62,5% do terreno, o que está dentro do limite da Taxa de Ocupação.
  • B A Taxa de Permeabilidade foi excedida, pois a área permeável é de 50% do terreno.
  • C A área de jardim e caminhos permeáveis foi calculada incorretamente, pois deveria ser maior.
  • D A área construída de 250 m² excede o limite da Taxa de Ocupação.
  • E Nenhuma das alternativas está correta.

A Lei Federal nº 10.257/2001, conhecida como Estatuto da Cidade, representa um marco fundamental na legislação brasileira ao regulamentar os artigos 182 e 183 da Constituição Federal de 1988, consolidando diretrizes essenciais para a política urbana no Brasil. Diante da relevância dessa lei para o ordenamento territorial e a gestão das cidades, é INCORRETO afirmar que:

  • A É diretriz do Estatuto promover a regularização fundiária e urbanização de áreas ocupadas por população de baixa renda, com normas específicas que considerem aspectos socioeconômicos e ambientais.
  • B O Estatuto incentiva a adoção de padrões construtivos e tecnologias que minimizem impactos ambientais, promovam a economia de recursos naturais e favoreçam a sustentabilidade urbana.
  • C A gestão democrática é essencial para o desenvolvimento urbano, sendo assegurada por meio da participação popular e de associações representativas na formulação, execução e monitoramento de planos e projetos.
  • D Prevê que a política urbana deve garantir o direito a cidades sustentáveis, incluindo acesso à terra urbana, moradia, saneamento ambiental, infraestrutura urbana, transporte, serviços públicos, trabalho e lazer, beneficiando tanto as gerações atuais quanto futuras.
  • E O Estatuto da Cidade define que o planejamento do desenvolvimento urbano deve priorizar exclusivamente o crescimento econômico das cidades, sem considerar impactos sociais decorrentes desse processo.

Ao desenvolver um projeto de requalificação de um centro histórico em uma cidade de médio porte, é preciso que sejam aplicados os princípios de intervenção em espaços urbanos. De acordo com o Estatuto da Cidade, qual teoria urbana considera a cidade como um organismo vivo, onde a intervenção deve ser gradual e adaptativa, respeitando o contexto histórico e as práticas cotidianas dos habitantes?

  • A Teoria da Desconstrução Urbana.
  • B Teoria do Desenvolvimento Transitório.
  • C Teoria do Crescimento Concêntrico.
  • D Teoria da Nova Urbanidade.
  • E Teoria do Urbanismo Tático.

O número de favelas e o número de seus moradores que invadem terra para morar, correspondem a “uma gigantesca invasão de terras urbanas [...] consentida pelo Estado, nos países não desenvolvidos, mesmo contrariando as leis urbanísticas ou de proteção ambiental”.

MARICATO, E. O Estatuto da Cidade Periférica. In: CARVALHO, C.; ROSSBACH, A. (org.). O Estatuto da Cidade: comentado – The City Statute of Brazil: a commentary. São Paulo: Ministério das Cidades: Aliança das Cidades, 2010. p. 5-22. Adaptado.


No Brasil, em muitas situações, as favelas se concentram em áreas com restrição para comercialização devido à legislação ambiental: em encostas ou às margens de corpos d’água. Com o objetivo de tornar as cidades mais justas e igualitárias, algumas possibilidades de intervenção urbana nesses espaços vêm sendo estudadas.

Nesse contexto, a urbanização ou requalificação urbanística e social de favelas deve 

  • A embasar relevante intervenção de remoção de favelas, tendo resultado na adoção de modelos de ocupação em locais distantes de áreas ambientalmente frágeis.
  • B resultar em limitação do direito de propriedade e de acesso a imóveis ocupados por favelas, implicando limitações impostas a modelos de ocupação em áreas ambientalmente regulares.
  • C possibilitar a destinação de terras ociosas nas periferias para localização das favelas, garantindo estoque de terrenos que aguardam valorização em áreas ambientalmente suscetíveis.
  • D constituir importante intervenção de recuperação ambiental e social, considerando-se que as favelas estão, na maior parte das vezes, situadas em áreas ambientalmente frágeis.
  • E impulsionar intensa remoção de favelas, levando à recusa de modelos de intervenção de recuperação ambiental e social, liberando ao mercado áreas ambientalmente suscetíveis.