Questões de Educação Teatral (Artes Cênicas)

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Os direitos e deveres do oficineiro permeiam desde a postura ética até a responsabilidade com a integridade dos participantes. Como isso se aplica no contexto de uma oficina de teatro para adolescentes?

  • A Manter o compromisso de pontualidade, organização e respeito à diversidade, assegurando a proteção física e emocional dos jovens durante ensaios e apresentações.
  • B Delegar o cuidado dos adolescentes a eles mesmos, isentando-se de supervisão.
  • C Exigir participação obrigatória em cenas polêmicas, independente do consentimento familiar ou crenças pessoais.
  • D Eliminar a necessidade de registros ou autorizações, pois o teatro é atividade cultural livre.

Em uma oficina de teatro voltada a adolescentes, a coordenação escolar solicita que o oficineiro contribua para a superação de problemas disciplinares de alguns alunos. Qual pode ser a resposta do oficineiro diante desse desafio?

  • A Focar em roteiros pré-estabelecidos, afastando qualquer articulação com a escola ou participantes, tratando o teatro como expressão autônoma.
  • B Implementar técnicas teatrais que incluam jogos de cooperação e expressão emocional, articulando-se com a equipe escolar para compartilhar perspectivas e estratégias que facilitem a superação dos problemas de conduta.
  • C Evitar contato com educadores, conduzindo a oficina isolada do contexto escolar, ausentando relatórios sobre evolução ou dificuldades dos jovens.
  • D Realizar encenações restritas a adolescentes com comportamento exemplar, afastando aqueles considerados problemáticos para preservar a qualidade das apresentações.
Os movimentos na dança se manifestam na riqueza dos gestos e nos passos utilizados no dia-a-dia: em qualquer ação o homem faz uso de movimentos leves ou fortes, diretos ou flexíveis, lentos ou súbitos, controlados ou livres.
Laban, Rudolf. Dança Educativa Moderna. Rio de Janeiro: ICONE, 1990.

Em seu trabalho Dança Educativa Moderna (1990), Laban descreve a riqueza de movimentos da dança e sua ressignificação de movimentos automatizados e cotidianizados. Esses fatores são valiosos aliados do processo de ensino-aprendizagem, uma vez que a dança
  • A é o principal recurso possível para educandos entre estágios pré-operacional e operacional de aprendizagem, segundo Piaget, pois separa o cotidiano do artístico.
  • B é uma potência no desenvolvimento de múltiplas inteligências, conforme a teoria de Howard Gardner, e é um recurso valioso para atender às diversas formas de aprender.
  • C organiza os movimentos em categorias segundo os contextos de vida do educando, de acordo com o Comportamentalismo de B. F. Skinner.
  • D é uma potência para a zona de desenvolvimento proximal descrita por Lev Vygotsky, que deve ser conduzida pelo professor na repetição de linhas coreográficas que e moldem o gestual do educando.

Das seguintes abordagens, a mais eficaz para promover a educação inclusiva na dança é

  • A colocar alunos com necessidades especiais observando as aulas de dança, focando apenas em alunos sem deficiências.
  • B adaptar e criar atividades de dança para atender às diferentes habilidades e necessidades de todos os alunos, promovendo a participação de todos.
  • C ensinar apenas estilos de dança tradicionais, para atingir a excelência e não considerar a diversidade cultural e as capacidades individuais dos alunos.
  • D ensinar a dança como uma atividade competitiva, para que os melhores dançarinos sejam valorizados.
O conhecimento da dança e sua ciência não podem ficar presos a uma lógica linear do pensamento positivista, deve abrir-se para a intuição e buscar o ser integral. Nesta visão, a dança, como linguagem artística, necessita de um corpo de conhecimento que procure fundamentar-se por eixos abertos, inerentes aos vários aspectos da corporeidade humana. Deste modo, uma ciência para a dança não deve ser restrita a um positivismo-somático. Esta ciência deve procurar extrair princípios que possam dar suporte ao desenvolvimento da sensibilidade em interação com múltiplos aspectos mentais, a partir de um desvelar irrestrito da fisicalidade.

Garcia, E. M., Earp, H. S., Vieyra, A. R., Earp, A. C. S., & de Lima, A. M. A. (2009). Dança e Ciência: uma reflexão preliminar acerca de seus princípios filosóficos. Boletim Interfaces da Psicologia da UFRRJ, 2(1), 63.

Para os autores do trecho acima, uma ciência da dança deve estar calcada sobre
  • A a desconexão com pensamentos positivistas que limitam eixos de observação da corporeidade humana.
  • B a abertura de eixos inerentes a vários aspectos da corporeidade humana organizados por uma lógica linear.
  • C a conexão com um olhar crítico da corporeidade humana para aquele gestual mais primitivo e mais sofisticado à luz de concepções estéticas que interagem com múltiplos aspectos mentais.
  • D a restrição a um positivismo-somático, que permite uma organização da amplitude da corporeidade humana como linguagem artística.