Questões de Adoção, Guarda e Tutela de Crianças e Adolescentes (Psicologia)

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A psicóloga Joana é uma terapeuta que atende uma criança institucionalizada a ser adotada por uma família. Inicialmente, o vínculo entre a criança e a terapeuta foi positivo, mas, em determinado momento do processo, a criança passou a demonstrar comportamentos de hostilidade e a atribuir à terapeuta um caráter ameaçador. Com base na obra Adoção: Vínculos e Rupturas, de C. Peiter (2016), diante dessa situação, a terapeuta deve

  • A reconhecer a impossibilidade de prosseguir com o atendimento e encaminhar a criança para outro profissional, pois a aliança terapêutica foi rompida.
  • B minimizar a reação da criança, redirecionando rapidamente o foco da terapia para a preservação do vínculo positivo imaginário com a nova família.
  • C interpretar os comportamentos hostis da criança como resistência ao processo de adoção e tentar corrigi-los adotando postura mais diretiva.
  • D retomar o controle da situação enfatizando seu papel como figura de autoridade, reafirmando limites e regras para restaurar o vínculo de confiança com a criança.
  • E oferecer-se como alvo das hostilidades, pois é desejável que a criança expresse seus sentimentos agressivos no ambiente terapêutico.

Na obra Adoção, vínculos e rupturas: do abrigo à família adotiva (2016), C. Peiter aborda o processo de elaboração do luto pela mãe morta por crianças institucionalizadas, tendo em vista, particularmente, a construção de vínculos futuros. Sobre esse tema, a visão da autora é a de que

  • A a negação do luto pela mãe morta é uma estratégia comum em crianças institucionalizadas, a ser confrontada somente quando a criança dispuser de formas mais amadurecidas de enfrentamento das dores do passado.
  • B a elaboração do luto pela mãe morta requer que a criança seja apoiada a reviver e ressignificar a perda em um contexto terapêutico, de modo a promover um espaço interno para a construção de novos vínculos afetivos.
  • C o enfrentamento do luto pela mãe morta consiste em uma ruptura da criança com o seu passado para que ela possa se integrar em um novo ambiente familiar e formar novos vínculos afetivos.
  • D a superação do luto pela mãe morta é assegurada por novas experiências de amor e afeto da criança com seus cuidadores, sem necessidade de abordar diretamente sua história pregressa.
  • E o processo terapêutico realizado com crianças institucionalizadas em situação de luto deve conduzir à possibilidade de criação de novos vínculos, evitando o contato da criança com a dor associada a perdas e abandono.

João tem 2 anos e foi encontrado sozinho após denúncia junto ao Conselho Tutelar, porque sua mãe foi para um baile e o deixou em casa. Diante da situação descrita, ele foi colocado em uma família acolhedora.
Sobre a hipótese em análise, assinale a afirmativa correta.

  • A João deverá ser, imediatamente, colocado em adoção pelo Sistema Nacional de Adoção.
  • B João não poderia ser colocado em família acolhedora antes de ter sido destituído do poder familiar
  • C João deverá ficar institucionalizado até a maioridade, para ser capacitado para ingressar no mercado de trabalho.
  • D João poderá ficar acolhido por diversos anos, mas deverá ser adotado pela família acolhedora que ficar com ele.
  • E João só poderá permanecer acolhido por poucos meses, salvo se houver situações que atendam seu interesse superior.

O direito de entrega de um bebê em adoção é previsto e regulamentado por Lei, sendo fundamental que os profissionais que acolhem a mãe considerem os efeitos do estado puerperal nesta decisão.
Nesse caso, a Lei está se referindo ao(s) quadro(s) de

  • A transtornos de humor e transtornos psicóticos pós-parto.
  • B transtorno de personalidade puerperal.
  • C transtorno de estresse pós-traumático.
  • D transtorno de ansiedade aguda.
  • E pseudociese ou gravidez psicológica.

A Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem, aliada à Psicologia Familiar, pode fundamentar intervenções com crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade escolar. Qual ação é coerente com essa perspectiva?

  • A Confinar a criança em regime de estudo integral sem considerar necessidades afetivas ou ambientais.
  • B Suprimir a participação da família, atribuindo exclusivamente à escola a responsabilidade pela aprendizagem.
  • C Integrar família, escola e comunidade em um projeto colaborativo, examinando aspectos cognitivos, emocionais e sociais que afetam o desempenho do aluno.
  • D Basear-se apenas em testes cognitivos descontextualizados, desconsiderando o histórico