Resumo de Astronomia - Via Láctea

Conheça a galáxia onde o planeta Terra está situado


A Via Láctea é uma entre as bilhões de galáxias existentes no universo. Ela merece nossa atenção especial porque é onde está localizado o Sistema Solar e, consequentemente, o nosso planeta. De acordo com os cálculos astronômicos, feitos com base nas estimativas acerca do tempo de existência do universo, a Via Láctea teria 14 bilhões de anos terrestres.
O nome de nossa galáxia tem origem grega. Via Láctea deriva da expressão , cujo significado é "círculo leitoso". A justificativa para esse nome é o rastro de luz de aspecto esbranquiçado que pode ser visto a partir de alguns locais do planeta Terra com pouca poluição e em noites de inverno. 
As informações que a astronomia possui acerca da Via Láctea não dão conta da dimensão dessa galáxia. Isso acontece em virtude de dois fatores que tornam seu estudo uma tarefa difícil. O primeiro diz respeito ao fato de que nosso planeta está no interior da galáxia. O segundo consiste na ausência de tecnologia suficiente para explorá-la. 
Para que tenhamos noção do quanto ainda estamos distantes de ser capaz de conhecer plenamente a Via Láctea, faz-se necessário lembrar que até o ano de 2013 nenhuma sonda não tripulada tinha sido capaz de deixar o Sistema Solar, que corresponde a uma porção ínfima da galáxia. 
Contudo, por meio de telescópios, satélites e outros equipamentos disponíveis atualmente, é possível produzir imagens de qualidade do universo. E, desse modo, conhecer melhor esse sistema.

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A estrutura da Via Láctea


Assim como as demais galáxias existentes no universo, a Via Láctea consiste em um sistema gigantesco e complexo no qual estão presentes poeira, gases, estrelas, planetas, cometas e meteoros. Calcula-se que, somente o número de estrelas seja o equivalente a 200 bilhões. Todos esses componentes se mantêm presos em uma única estrutura pela força da gravidade. 
Toda essa estrutura está organizada em três elementos principais, a saber: o disco, o bojo e o halo. O disco da Via Láctea é o componente que garante que ela tenha um formato espiral. Ele é formado por braços de diferentes tamanhos e realiza um movimento similar ao que é feito pelos planetas. 
O Sol, que é o centro do Sistema Solar, está localizado no Braço do Órion. Ele realiza um movimento de translação em torno do núcleo da galáxia a uma velocidade de 250 km/s. Calcula-se que, nesse ritmo, sejam necessários 200 milhões de anos para que ele seja capaz de concluir uma volta em torno da Via Láctea.
O bojo é o elemento central da Via Láctea. É nesse componente que estão as estrelas mais velhas da galáxia. Essa região também está repleta de estrelas anãs brancas e estrelas de nêutrons. Por conta da existência de dois buracos negros, sendo um deles com massa equivale a 4,3 milhões de massas solar, o bojo é extremamente denso, o que favorece a formação de estrelas nessa região.
O halo, por fim, é a estrutura na qual a Via Láctea está imersa. Ele é formado por estrelas extremamente antigas e que, por isso possuem coloração vermelha. Elas se mantêm dispersas e constituem uma capa envoltória em torno de toda a galáxia. 

Como se deu o processo de formação das galáxias


A teoria mais aceita pela astronomia acerca do surgimento da Via Láctea é a Teoria do Big Bang. O processo teria sido iniciado a partir de uma nuvem de gás e poeira, que com o passar do tempo teria se fragmentado. E, em cada uma das partes resultantes desse processo, teria surgido uma galáxia diferente.
Nas regiões com maior densidade de cada uma dessas nuvens teriam sido formadas as primeiras estrelas. No processo de interação entre as protogaláxias, os sistemas menores foram incorporados aos que possuíam maior força gravitacional, fazendo com que as protogaláxias maiores crescessem cada vez mais. 
Foi somente quando o gás e a poeira presentes no halo colapsaram que o surgimento de novas estrelas teve fim. Nesse momento, o disco da Via Láctea foi formado. 

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