História e usos do instrumento astronômico
Como o instrumento funciona
- Identificar a posição de corpos celestes;
- Calcular a altitude de objetos visualizados no horizonte;
- Precisar a latitude atual;
- Determinar a época do ano;
- Informar a hora do dia ou da noite;
- Informar a época do ano;
- Precisar a porção do céu visível;
As partes do astrolábio
Em geral, o equipamento é formado por sete partes físicas. A zênite, marcação feita em seu centro, indica a altura máxima alcançada pelo Sol durante o solstício de verão. As marcações feitas na elítica possibilitam a contagem das horas, que varia a cada 15°. Vejamos agora o nome e função das sete partes físicas que compõem o instrumento.
- Mater – esse é o nome do disco que serve de estrutura para todas as placas;
- Timpanos – as marcações que representam as latitudes;
- Aranha – esse disco possui a representação da localização de todas as estrelas e do Sol na abóboda celeste;
- Alaíde - são os visores situados na parte traseira do astrolábio. Eles são úteis para o cálculo da altura dos corpos celestes;
- Pinos - são os dispositivos que prendem o Meter e a Régua;
- Régua - instrumento que determina o resultado das medidas;
- Alça - dispositivo que permite que o usuário prenda seu astrolábio e o carregue com facilidade.
A história do astrolábio
Após fazer a tradução de alguns textos gregos, os muçulmanos inserem o instrumento em sua cultura. O astrolábio foi criado nos primeiros séculos do Islã e tinha um papel central para a cultura daquele povo, pois era capaz de precisar as horas do dia e, desse modo, determinar os momentos de fazer oração. Com o instrumento, também era possível obter a direção precisa da Meca. Essa informação é extremamente importante para esse povo, pois uma das características da cultura muçulmana é a realização de cinco orações diárias em direção à Meca.
São os muçulmanos que levam o astrolábio para a Europa. E, ao ser inserido na cultura europeia, o equipamento é adaptado para uso nas navegações. Em Lisboa, o astrônomo Abraão Zacuto cria o astrolábio náutico de metal. Se comparado à sua versão planisférica, esse equipamento pode ser descrito como uma simplificação, pois com ele apenas era possível medir a altura das estrelas. Contudo, ele representou um grande avanço no processo de exploração feito pelos europeus durante o período das grandes navegações.
Com o instrumento e conhecimentos de geometria, era possível determinar distâncias sem a necessidade das tábuas de cálculos astronômicos. Ele foi largamente utilizado durante os séculos XV e XVII. Seu uso só foi superado com a invenção do sextante e, posteriormente, pela bússola. Contudo, os três instrumentos tiveram papel central, cada um em seu tempo, durante as navegações.